A violência forçou mais de 185 mil pessoas a fugirem de suas casas na cidade de Las Anod, na Somalilândia, uma região autoproclamada independente da Somália, disse o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) na quinta-feira (16).
A instituição também afirma que 89% dos deslocados são mulheres e crianças, muitas das quais não encontraram outro refúgio senão a sombra de uma árvore ou uma escola fechada devido à violência.
A Somalilândia, um antigo território britânico na região do Chifre da África, declarou independência da Somália em 1991, um ato não reconhecido pela comunidade internacional. Desde então, 4,5 milhões de pessoas moram na região, que permaneceu pobre e isolada.
Ainda assim, a área tinha uma certa estabilidade, enquanto a Somália era devastada pela insurgência islâmica Al-Shabab. Os últimos meses foram marcados, porém, por tensões.
Em 6 de fevereiro, eclodiram confrontos entre as forças armadas da Somalilândia e as milícias leais ao governo central da Somália na cidade de Las Anod. Esta cidade fronteiriça, estratégica do ponto de vista comercial, mudou de mãos várias vezes nas últimas décadas.
Durante um encontro com a imprensa nesta sexta-feira (17) em Genebra, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) afirmou que “mais de 60 mil somalis, principalmente crianças e mulheres” chegaram ao sudeste da vizinha Etiópia, procedentes da região de Las Anod.
“Exaustos e traumatizados, chegaram com poucos objetos, levando apenas o que conseguiam carregar”, declarou Olga Sarrado Mur, porta-voz do Acnur.
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Por: G1
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