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Milei testa autoridade no primeiro protesto de rua do novo governo

today20 de dezembro de 2023 15

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Presidente argentino aplica pacote antipiquetes para desmobilizar manifestantes e ameaça cortar benefícios sociais de quem interromper o tráfego de veículos.


Javier Milei acena durante evento em Buenos Aires no dia 12 de dezembro de 2023 — Foto: JUAN MABROMATA / AFP



Com a mensagem em tom assertivo — “quem corta não recebe” — Sandra Pettovello, ministra do Capital Humano do presidente Javier Milei, avisou os manifestantes sobre os riscos de terem os benefícios sociais cortados se bloquearem ruas e estradas nesta quarta-feira (20).

O primeiro confronto entre organizações de trabalhadores e o novo governo é um duplo desafio e coincide com a tradicional marcha deste 20 de dezembro, para marcar os 22 anos da revolta social que levou à renúncia do então presidente Fernando de la Rúa.

O presidente está decidido a abalar os alicerces da cultura piqueteira, fortalecida no país há mais de duas décadas. Na segunda semana no cargo, Milei acionou a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, para pôr em prática um pacote antipiquetes que se resume basicamente na aplicação da expressão lei e ordem. A regra é simples: só é permitido marchar na calçada.

“O primeiro dia vai ser difícil, mas vai ser feito. Estamos determinados a fazer cumprir a lei e a ordem, elas geram liberdade, e a liberdade gera progresso”, alertou a ministra e ex-candidata presidencial derrotada no primeiro turno pela coalizão do ex-presidente Mauricio Macri.

Bullrich promete identificar os beneficiários de planos sociais entre os manifestantes que desrespeitarem os limites e cruzarem o meio-fio, interrompendo o tráfego. Para isso, contará com a ajuda de drones e cruzará dados obtidos por fotos e documentos.

Quem quiser se manifestar, que o faça estritamente na calçada, em fila única. Se avançar para a rua, estará cometendo um crime e perderá a ajuda do Estado, especificou a ministra da Segurança.

Governo Milei diz que vai cortar benefícios sociais de manifestantes na Argentina

Governo Milei diz que vai cortar benefícios sociais de manifestantes na Argentina

Há muito em jogo nesse primeiro desafio de organizações de trabalhadores a Milei e ao seu plano de ajustes, traduzido por alta de preços e desvalorização do peso. Ambos os lados clamam por liberdade — a do direito de protestar e a de ir e vir sem bloqueios.

O esforço da repressão está concentrado na pasta de Bullrich e na obsessão de impedir o fechamento de ruas e avenidas. Resta saber se a ameaça de cortes de benefícios sociais será suficiente para desmobilizar manifestantes e desmantelar uma cultura tão enraizada na sociedade argentina.

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