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Ministério Público da Espanha pede dois anos e meio de prisão para dirigente que beijou jogadora sem consentimento

today28 de março de 2024 2

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A acusação de coerção é porque Rubiales pressionou Hermoso para sair em sua defesa imediatamente após o escândalo ter vindo à tona, segundo a jogadora.

O crime de “agressão sexual” está previsto no Código Penal da Espanha e está tipificado no artigo 178: “Quem atacar a liberdade sexual de outra pessoa, recorrendo à violência ou à intimidação, será punido como responsável por agressão sexual com pena de prisão de um a cinco anos”.

Mesmo se for condenado, Rubiales pode não ser preso: o código penal da Espanha permite que os juízes suspendam “excepcionalmente” as penas de prisão se – como neste caso – nenhuma das sentenças impostas individualmente exceder dois anos.



O processo está correndo na Justiça espanhola, que recolhe depoimentos para a investigação que pode levar o ex-dirigente a julgamento. Rubiales deu declarações em setembro e Jenni Hermoso foi ouvida em janeiro.

Segundo o jornal espanhol “As”, o juiz da Audiência espanhola Francisco de Jorge finalizou em 14 de março a etapa de instrução do processo, em que a Justiça investiga o caso, e manteve seus argumentos iniciais em que considera o beijo de Rubiales em Hermoso como “não consentido e uma iniciativa unilateral e surpreendente” do investigado. Além disso, Francisco de Jorge recomendou à Justiça que Rubiales seja levado a julgamento.

Atualmente, Rubiales está fora da Espanha porque ele também enfrenta outro processo, envolvendo corrupção durante seu mandato na Federação Espanhola, pelo qual também pode ser preso. Ele disse que vai voltar ao país nos próximos dias.

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Em 20 de agosto de 2023, Luis Rubiales, então presidente da Federação Espanhola de Futebol deu um beijo na boca da jogadora Jenni Hermoso durante a entrega de medalhas na final da Copa do Mundo feminina, na Austrália, da qual a Espanha foi campeã.

Rubiales deu um abraço caloroso em Jenni Hermoso na jogadora e, logo depois, um beijo, que pegou a jogadora de surpresa.

A cena foi fortemente compartilhada nas TVs espanholas e redes sociais e começou a gerar uma onda de indignação, que foi crescendo e chegou ao governo espanhol. O primeiro-ministro do país, Pedro Sánchez, condenou a atitude, que duas de suas ministras chamaram de violência sexual.

Por semanas, Rubiales se defendeu, alegando que se tratou apenas de um “gesto de carinho entre amigos” e insistiu que não deixaria seu cargo.

“Não vou deixar meu cargo. Foi um beijo espontâneo, mútuo e muito consentido”, declarou Rubiales em uma assembleia extraordinária convocada pela federação espanhola uma semana depois do beijo. “O desejo que eu tinha de dar esse beijo era o mesmo que eu teria de dá-lo na minha filha”.

Rubiales alegou também que, no momento, perguntou a Hermoso: “um selinho?”. Ainda segundo o dirigente, a jogadora respondeu: “ok”. A jogadora também desmentiu essa versão.

Dentro da Espanha, o caso cresceu ainda mais – além de protestos nas ruas, jogadoras anunciaram que não jogariam mais na seleção, e jogadores do time masculino também começaram a condenar a atitude.

Em setembro, Rubiales renunciou ao cargo de presidente da Federação Espanhola de Futebol e virou réu no caso Hermoso. Em depoimento à Justiça, o dirigente se declarou inocente.

Em paralelo, ele responde a processos disciplinares na Fifa e no Conselho dos Esportes da Espanha.




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Por: G1

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