O governo diz que permitir que os trabalhadores acumulem mais horas extras em troca de folga mais tarde significa que as pessoas que desejam fazer pausas mais longas, como pais ou cuidadores, poderão fazê-lo.
“Vamos introduzir medidas ousadas para ajudar a reduzir as horas de trabalho durante a gravidez ou durante a criação dos filhos”, disse o ministro, Lee Jung-sik, em entrevista coletiva quando questionado se a proposta de reforma trabalhista ajudará a enfrentar a crise de fertilidade da Coreia do Sul.
Os críticos da medida, no entanto, disseram que as medidas vão prejudicar, não ajudar, as mães trabalhadoras e outras mulheres.
“Enquanto os homens trabalharão longas horas e estarão isentos de responsabilidades e direitos de cuidado, as mulheres terão que fazer todo o trabalho de cuidado”, disse a Associação de Mulheres Coreanas Unidas em um comunicado recente.
A Coreia do Sul tem a taxa de fertilidade mais baixa do mundo – 0,78 em 2022. O presidente Yoon Suk Yeol ordenou na quarta-feira (9) “medidas ousadas” para combater a taxa de fertilidade do país.
O ministério disse que a proposta de reforma trabalhista, apresentada pela primeira vez em dezembro e anunciada oficialmente na segunda-feira, faz parte dos esforços para trazer mais flexibilidade e melhorar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional em um país onde muitas mulheres são forçadas a escolher entre a carreira e a criação dos filhos. Ele substituiria uma lei de 2018 que limitava a semana de trabalho a 52 horas — 40 horas de trabalho regular mais 12 horas extras. O Ministério do Trabalho e Emprego disse que a lei tornou o mercado de trabalho mais rígido.
Embora a medida tenha sido bem recebida por grupos de interesse empresarial, ela foi criticada pela oposição e pelos sindicatos por negligenciar os direitos dos trabalhadores.
“Isso tornará legal trabalhar das 9h à meia-noite por cinco dias seguidos. Não há consideração pela saúde e descanso dos trabalhadores”, disse a Confederação Coreana de Sindicatos em um comunicado.
Lee Jae-myung, líder do principal partido da oposição, o Partido Democrata, com maioria parlamentar, disse na quarta-feira que seu partido bloquearia o projeto de lei.
Todos os créditos desta notícia pertecem a
G1 Mundo.
Por: G1
Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.
Publicar comentários (0)