O Condomínio Giovaninna Sarane Galavotti, de 23 andares e 133 apartamentos, foi esvaziado no dia 13 de fevereiro em decorrência de danos estruturais em três colunas. A Defesa Civil da cidade e o Corpo de Bombeiros apontam que as estruturas de sustentação sofreram um cisalhamento [ruptura por esforços] no subsolo, térreo, G1 [Garagem 1] e G2 [Garagem 2].
Desde que o prédio foi interditado, e os moradores precisaram procurar um local para ficar, a construtora assumiu a responsabilidade em arcar com os auxílios a alguns moradores, embora não informe quantos são. Entretanto, após 16 dias do ocorrido, são relatados atrasos e falta de pagamento.
O auxílio é destinado às famílias que precisaram se hospedar por conta própria, e não puderam ficar com parentes ou na colônia disponibilizada pela prefeitura. Estas deveriam receber R$ 2,1 mil e R$ 500 para a alimentação, de acordo com nota enviada pelo grupo que representa os condôminos.
O g1 entrou em contato com a empresa, nesta quinta-feira (29), para falar sobre os problemas relatados por alguns moradores, mas não teve resposta. Mesma situação para quando foi perguntada sobre o motivo de ter assumido a responsabilidade de pagar os auxílios – o prédio foi entregue em 2011.
Coluna de prédio de 23 andares sofre danos estruturais e moradores são obrigados a evacuar edifício — Foto: Reprodução
Onde estão as outras famílias?
A maioria das famílias que moram no edifício está hospedada na casa de parentes. Segundo a prefeitura, cada condômino decidiu organizar a própria logística para lidar com o período de interdição total do edifício. Já se passaram mais de duas semanas do incidente e, até o momento, não há previsão de retorno.
Há também alguns moradores alojados em uma colônia de férias no bairro Praia Mirim. “A gente está recebendo café, almoço e jantar. Estamos bem hospedados aqui. Enfim, está tudo certo por aqui e eles vão arcar com essas despesas”, disse uma mulher.
“Eu fiquei em um hotel em uma noite e em um Airbnb por três dias. Essas notas [fiscais] eu já mandei e eles me disseram que pagariam entre hoje [quinta-feira, 29] e amanhã [sexta-feira]”, afirmou.
Procurada pelo g1, a Construtora JR disse que desde o primeiro momento a preocupação é com as famílias que vivem no edifício, “tanto que vem arcando com despesas de acomodação e reembolsando gastos emergenciais dos moradores”.
Técnicos da Prefeitura de Praia Grande e da Defesa Civil vistoriaram o local na tarde de segunda-feira (26). Segundo a administração municipal, ainda não há data definida para as obras terminarem.
“As obras compreendem a recuperação e reforços estruturais das áreas danificadas e são de responsabilidade da construtora e condomínio. Ainda não existe uma data definida para o final dos trabalhos e, desta forma, o prédio segue interditado totalmente”, disse em nota.
Na semana passada, segundo a administração do condomínio, houve a contratação de um engenheiro e professor para acompanhar o andamento das obras emergenciais.
“Estamos ainda monitorando com a JR a celeridade no reembolso das famílias que locaram espaços, pois não estava nos planos de ninguém ter que gastar com moradia e impacta o orçamento familiar”, reforçou Ávila. O prazo definido pela empresa foi de 10 dias após o envio do recibo de locação.
A Prefeitura de Praia Grande aprovou o projeto apresentado pela JR na última semana. A colocação de cerca de 2 mil escoras metálicas nas pilastras já acabou. Agora, ocorrem as obras emergenciais para reforçar a estrutura no subsolo, térreo, G1 e G2.
Prédio em Praia Grande (SP) é evacuado por risco de queda — Foto: g1
O edifício em questão tem 23 andares e 133 apartamentos. Os moradores tiveram que deixar o imóvel no último dia 13, depois que uma vistoria indicou danos em três pilastras do prédio, que tem 19 pavimentos residenciais.
Segundo a Prefeitura de Praia Grande e o Corpo de Bombeiros, as pilastras sofreram cisalhamento [ruptura por esforços]. As pilastras danificadas foram localizadas no subsolo, térreo, G1 [Garagem 1] e G2 [Garagem 2].
Em entrevista à TV Tribuna, emissora afiliada da Globo, a moradora aposentada Valderez Maria Afonso afirmou ter escutado um “estrondo” no prédio. “Achamos que era um terremoto. Estávamos nos preparando para ir até a praia, mas vimos que todo mundo desceu [para a rua]”, relatou ela. “Moro aqui há quase um ano e nunca recebi informações sobre problemas estruturais”.
A maioria das famílias residentes no edifício está hospedada na casa de parentes. Segundo a prefeitura, cada família decidiu organizar sua logística para lidar com este período de interdição total do edifício.
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