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Moradores do litoral de SP protestam e dizem que operação policial foi ‘chacina’

today2 de agosto de 2023 2

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De acordo com os moradores, o clima nas comunidades é de tensão, com policiais invadindo casas e executando pessoas que não tiveram participação na morte do PM da Rota, morto na Vila Julia, em Guarujá, durante patrulhamento.

Isso não é uma operação policial, é um extermínio. Eles não estão investigando ninguém, eles, simplesmente, estão atacando as pessoas. É uma represália por conta da morte de um policial, a gente sabe disso. Quantas vidas mais nós vamos perder em troca de uma?”, disse uma moradora que não quis se identificar.

Uma outra moradora, que também não quis se identificar, disse a intenção do protesto é fazer com que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) olhe para as famílias da região.



“Que o governador tenha consciência humana de que precisa barrar a rajada das metralhadoras dentro da favela e das periferias. O método correto é usar a inteligência, prender, socializar e depois trazer esses membros para a sociedade”, disse.

“A gente quer que saia do discurso de ‘bandido bom é bandido morto’. Bandido bom é bandido preso”, reforçou a mesma moradora.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), todos os casos são investigados pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Santos e pela Polícia Militar, por meio de Inquérito Policial Militar (IPM).

O que se sabe sobre a morte de um policial da Rota em Guarujá e da Operação Escudo

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O soldado Patrick Bastos Reis foi baleado enquanto fazia um patrulhamento na comunidade da Vila Julia, em Guarujá, na quinta-feira (27). A morte dele foi confirmada no mesmo dia. Além dele, um outro policial foi baleado na mão esquerda, encaminhado para o Hospital Santo Amaro e liberado.

Após o caso, a Polícia Militar iniciou a Operação Escudo, com o objetivo de capturar os criminosos responsáveis pela ação contra os agentes.

As informações foram divulgadas pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. Segundo ele, Kauã tinha a ‘função’ de ficar posicionado na comunidade Vila Júlia, armado e com um comunicador, pronto para avisar os comparsas sobre a chegada de viaturas policiais ao local.

Suspeito de matar policial do ROTA pede para Tarcísio 'parar de matar inocentes'

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Em vídeo gravado antes de ser preso, o suspeito afirma, em relato direcionado ao governador de SP e ao secretário de Segurança Pública, que estão “matando uma ‘pá’ de gente inocente”. Ele diz não ter nada a ver com o caso, mas que vai se entregar. Erickson diz ainda que estão “querendo pegar” sua família (veja o vídeo acima).

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta segunda-feira (31) que o vídeo gravado pelo suspeito foi “uma estratégia do crime organizado”.

“A verdade é que esse vídeo que ele fez, orientado pelos seus defensores, inclusive tem áudio do advogado o orientando a fazer esse vídeo, se os senhores ainda não possuem, ao longo das investigações vão tomar conhecimento disso, é uma estratégia do crime organizado, inclusive de cooptar moradores, de cooptar pessoas das comunidades que também são vítimas do tráfico organizado apresentando versões”, afirmou.

A Ouvidoria das Polícias informou investigar denúncias de tortura e ameaças de morte relatadas por moradores durante a Operação Escudo.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o secretário de segurança do estado, Guilherme Derrite, anunciaram aumento do efetivo policial e uma nova unidade em Guarujá, no litoral de São Paulo, após a morte do PM da Rota Patrick Bastos Reis. Segundo o governador, as ações se fazem necessárias pois “o tráfico ocupou a Baixada Santista”.

De acordo com Tarcísio, a Operação Escudo vai continuar na Baixada Santista por pelo menos 30 dias. Além disso, o governador ainda prometeu novas ações na região.

“Nós vamos levar para a Baixada Santista o aumento de efetivo, unidade da Polícia Militar. Nós devemos ter mais uma unidade da Polícia na Baixada para aumentar o efetivo e responder o anseio da Baixada”, disse Tarcísio.

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Por: G1

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