Moradores e turistas estão sendo atingidos por tiros de airsoft [armas de pressão] no calçadão da Praia do Centro de Peruíbe, no litoral de São Paulo. Ao g1, um comerciante, que preferiu não se identificar, afirmou que os estabelecimentos da região estão sendo atingidos há quatro meses, geralmente, aos finais de semana. A Polícia Civil informou que vai investigar o caso.
O próprio comerciante disse que já ter sido atingido (veja abaixo). Segundo ele, os disparos estão vindo do Edifício Serra dos Itatins, conhecido como ‘prédio redondo’, localizado na Avenida Governador Mário Covas Júnior, em frente à praia. O condomínio tem 530 apartamentos e o atirador ainda não foi identificado.
À reportagem, o responsável jurídico do condomínio informou que a administração não sabia que os disparos têm sido recorrentes e afirmou estar à disposição da Polícia para ajudar nas investigações.
O edifício acrescentou, ainda, que certa vez um porteiro foi informado sobre a situação e que inclusive apontaram para um dos apartamentos, de onde os disparos seriam realizados. O funcionário disse ter acionado o imóvel indicado, mas a moradora negou a ação.
Por ocorrer aos finais de semana, o comerciante acredita que o atirador esteja incomodado com o barulho do Centro da cidade. “Todo mundo precisa trabalhar e ganhar dinheiro para sobreviver pós-temporada”, disse ele que orientou a quem se incomodar acionar a fiscalização.
“A fiscalização da prefeitura, na questão de som e barulho, é muita ativa. Então, chama a polícia, a guarda, a fiscalização e não agride as pessoas. Não é assim que funciona”, reclamou o comerciante.
Comerciante alega ter sido atingido por tiros de airsoft em calçadão de praia do litoral de SP — Foto: Reprodução
O comerciante disse que já escuta reclamações sobre a situação há quatro meses, mas que foi atingido durante o carnaval. Segundo ele, a esfera furou o toldo do comércio e o atingiu na testa.
A vítima disse que um dos músicos que tocavam no local foi atingido no tórax e chegou a sangrar. As demais pessoas ficaram apenas com marcas nas pernas e antebraços. “Optamos em parar a atração que estávamos fazendo de carnaval para que não ocorresse o pior, porque tinham famílias e crianças. Algumas pessoas comentaram que não voltariam quando tivesse atração no local, porque elas acharam o lugar perigoso”.
“Não pode uma pessoa, porque não gosta de barulho e de movimento, sair atirando nas pessoas”, lamentou.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso passou a ser investigado após o proprietário de um comércio ir à delegacia e informar que um cliente foi ferido por um disparo de uma arma airsoft. O caso foi registrado como dano na Delegacia da cidade.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Peruíbe e com a Polícia Militar, mas ambas informaram que não registraram ocorrências sobre o caso.
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