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Morto com tiros de fuzil em operação policial foi atraído para falso encontro e caiu em emboscada, diz familiar

today7 de fevereiro de 2024 12

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Aos 28 anos, ele foi morto por tiros de fuzis de dois agentes durante uma corrida de aplicativo, na noite do último domingo (4). O boletim de ocorrência obtido pela equipe de reportagem diz que a viatura acompanhou o carro até o acesso ao morro, na altura da Rua São Cristóvão, onde os agentes solicitaram a parada. Segundo o documento, Rodnei teria apontado uma arma em direção aos PMs.

A mulher, que preferiu não se identificar, disse que o familiar é de Peruíbe, mas vivia no Morro do São Bento. Ele já trabalhou como lavador de vidros de prédios, mas recentemente estava envolvido com tráfico de drogas. Apesar disso, segundo apurado pelo g1, ele não tinha passagens pela polícia (veja abaixo).

Na noite de domingo, Rodnei estava em um pagode no morro. Segundo relatos de amigos, ele desceu para encontrar uma mulher que havia conhecido pelas redes sociais. Mais tarde, no entanto, descobriram que a tal pessoa usava um “fake” – perfil falso.



“Foi uma menina que entrou em contato com ele por WhatsApp, essas coisas. Marcou um encontro com ele. Ele deixou o celular dele com uma amiga e desceu o morro. Falou que se não voltasse era para avisar os familiares que tinha acontecido alguma coisa com ele”, recordou a familiar.

Na delegacia, a familiar se deparou com o motorista de aplicativo envolvido que dirigia o carro que foi alvejado pelos disparos. De acordo com a mulher, o carro em que estava Rodnei teria sido cercado por policiais. O motorista relatou que os PMs o mandaram sair do carro e que, logo depois, ouviu os tiros.

“Ele [condutor] saiu. Mas aí os policiais da Rota pediram para ele sair andando e não olhar para trás. Aí ele só escutou os disparos. O que relata o motorista é que ele [Rodnei] não estava armado mesmo, e tinha se entregado, só que mataram ele”, contou.

O g1 apurou com uma fonte da Polícia Civil que Rodnei e o motorista de aplicativo não tinham passagens pela polícia.

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A familiar contou que no laudo da necrópsia consta que Rodnei levou um tiro de fuzil. “Ele já tinha levado tiro de fuzil, já estava morto, depois levou no tórax, no braço, e depois ainda quebraram as pernas dele”, denunciou a familiar.

Rodnei era separado e deixou um filho de 4 anos. A familiar ouviu do motorista de aplicativo que ele não estava armado, ao contrário do que diz o boletim de ocorrência. Rodnei foi enterrado em São Vicente na manhã desta terça-feira.

“Eu vivia falando pra ele sair dessa vida. Eu e minha família nunca apoiávamos isso”, lamentou.

Segundo a SSP-SP, essa é a sétima morte da última Operação Escudo deflagrada na Baixada Santista. Cinco pessoas foram presas. O g1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) para mais questionar sobre o relato e atualizações da Operação Escudo, mas ainda não obteve retorno.

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Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Santos.

Por: G1

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