Funcionários da Otrantur prometem em não tirar ônibus da garagem — Foto: Matheus Croce/g1
Os motoristas ônibus em São Vicente, no litoral de São Paulo, anunciaram uma nova greve a partir de sexta-feira (1°). A categoria que já realiza o serviço com 20% da frota, agora promete não tirar os veículos da garagem. A decisão foi tomada na última quinta-feira (23), durante assembleia na sede do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Santos e Região (Sindrod), e divulgada nesta quarta (29).
Os profissionais reivindicam o pagamento dos salários e benefícios em atraso. Há também o pedido para que seja apresentada uma proposta de reajuste nos vencimentos, o que, segundo a categoria, não foi feito até o momento. A data-base, prazo para que seja firmado um acordo com o empregador, terminou em maio.
O Sindrod informou, em nota, que aguarda resposta aos ofícios que foram enviados à Prefeitura de São Vicente e à Otrantur, empresa responsável pelo transporte público na cidade e responsável pelo pagamento dos funcionários.
Trabalhadores decidiram pela nova greve em assembleia nesta quinta-feira (29) — Foto: Reprodução/Facebook
Os motoristas dos ônibus de São Vicente realizaram uma série de protestos nos últimos meses, sempre embasados em atrasos de pagamentos e benefícios. Em janeiro, a categoria fez uma paralisação parcial, que foi suspensa apenas em fevereiro, após o pagamento dos valores em atraso.
Em março, a categoria retomou a greve e passou a operar com frota reduzida. Na época, os trabalhadores cumpriam decisão judicial que determinava a manutenção de 50% frota durante o dia e 70% nos horários de pico. Os funcionários seguiram em greve mesmo após o pagamento dos salários.
Em nota, a Prefeitura de São Vicente informou que não foi informada sobre greve e que “notificará o sindicato da categoria para assegurar contingentes de trabalhadores necessários para a circulação de 100% da frota da concessionária no horário de pico”, das 6h às 9h e das 16h às 19h. Além de 60% nos demais horários.
Ainda segundo a administração municipal, a Secretaria de Defesa e Ordem Social (Sedos) realizou mais uma fiscalização na Otrantur e identificou diversos problemas, que serão registrados em relatório para “possíveis sanções à concessionária do transporte público”. Em razão dos problemas citados, a prefeitura diz estudar “formas judiciais de romper o contrato com a empresa”.
O g1 pediu posicionamento da Otrantur, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
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