Uma jovem de 25 anos, que expôs cartazes e panfletos afirmando que ninguém deveria apoiar a comunidade LGBTQIA+ no Parque Municipal Roberto Mário Santini, o Emissário Submarino, em Santos, no litoral de São Paulo, foi denunciada por praticar, induzir e incitar a discriminação e o preconceito de raça, cor, religião, orientação sexual e identidade de gênero.
Na denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), o promotor André Luiz dos Santos ressaltou ao juiz que a auxiliar de enfermagem deslocou-se de São Vicente a Santos para realizar a ‘exposição’ dos cartazes e panfletos.
O juiz ressaltou que a jovem induziu e incitou a discriminação e preconceito, dizendo que negros vão para o inferno e que pessoas LGBT vão queimar. Nos cartazes, afirmava que “ninguém deveria apoiar os integrantes do LGBT, pois todo praticante e apoiador seriam queimados vivos”.
Além disso, alguns panfletos diziam que ninguém deveria ser umbandista, judeu, macumbeiro, ateu ou do candomblé senão seria queimado vivo por Deus.
Onze envelopes de papel pardo contendo manuscritos com dizeres discriminatórios, um deles com a frase: “Não seja LGBT senão será queimado vivo por Deus”, foram apreendidos pela polícia em Santos, SP — Foto: Reprodução
Policiais militares faziam patrulhamento na orla da praia no bairro José Menino quando alguns frequentadores do local comunicaram que uma mulher estaria praticando driscriminação ao grupo LGBT com panfletos.
Os PM’s flagraram a jovem próxima à área de recreação infantil com três folhas de cartolina azul e onze envelopes de papel pardo com manuscritos discriminatórios.
Alguns dos papéis citavam salmos bíblicos e estavam expostos no chão. Questionada, ela declarou aos policiais: “estou colocando em prática a missão de vida e o que acredita que esteja certo”.
A mulher foi conduzida à delegacia junto com uma testemunha que informou que ouviu ela dizer para uma criança branca que: “negros vão para o inferno e LGBT também vão queimar”.
O caso foi registrado como preconceitos de raça ou de cor – praticar a discriminação na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos.
Ela, que foi presa em flagrante na noite de sábado (22), teve a prisão convertida em preventiva durante a audiência de custódia no dia seguinte.
Um dos cartazes preconceituosos tem a frase: “Largue o apoio aos homossexuais e lésbicas todo praticante do LGBT e apoiador disso vai ser queimado vivo!” — Foto: Reprodução
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