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Mulher acusada de LGBTfobia posta conteúdos gordofóbicos de mulher ‘mamute’ e diz que imagem pesada ‘travou’ o celular

today10 de março de 2023 57

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O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) informou à reportagem que já oficiou a autoridade policial para que apure os fatos e adote as medidas pertinentes. Os vídeos em questão foram publicados pela mulher no dia 26 de fevereiro, mas a Comissão da Diversidade Sexual e Gênero, que faz parte da subseção da OAB no município, foi informada sobre o ocorrido no início de março.

Nos conteúdos compartilhados por ela, é possível ver ilustrações de mulheres obesas em situações depreciativas, como ‘atrapalhando’ a decolagem de um avião por conta do peso e ameaçando processar pessoas que “falem a verdade”, ou seja, que critiquem o corpo dela.

Ao divulgar a postagem sobre a aeronave, a mulher chegou a escrever que “essa imagem é tão pesada que travou meu celular”. Ao g1, ela negou ter cometido atitudes gordofóbicas e misóginas.



Mulher é acusada de compartilhar publicações de caráter gordofóbico e misógino — Foto: Reprodução

“Nas postagens, acho que não tem nada [errado] ali. São repostagens de uma página. Não significa nada, absolutamente nada. São ‘memes'”, afirmou a mulher, sobre as acusações de gordofobia e misoginia.

A subseção da OAB em Bertioga (SP), por meio de nota, declarou o “repúdio em relação às manifestações e postagens” divulgadas pela mulher na rede social Instagram. Ainda de acordo com a entidade, os conteúdos possuem “caráter LGBTfóbico, Misógino e Gordofóbico” (veja mais sobre o posicionamento da OAB no fim desta matéria).

Mulher é acusada de LGBTfobia após publicar vídeos nas redes sociais

Mulher é acusada de LGBTfobia após publicar vídeos nas redes sociais

Nos vídeos, a mulher aparece ofendendo a comunidade LGBTQIA+ em diversos momentos. Ao g1, a acusada confirmou ter divulgado os conteúdos, mas alegou que eles foram “editados” e “tirados de contexto” por terceiros. Ela disse, ainda, que é bissexual e fez as postagens após uma briga com a namorada.

“Eu odeio bissexuais. Eu odeio homossexuais. Odeio essa galera. Por mim, tinham que sumir do planeta, pois nasceram com alguma coisa errada no cérebro. […] É nojento. Essa galera tinha que queimar”, disse a mulher, em trechos dos vídeos obtidos pela reportagem.

No início dos conteúdos – a partir da ordem enviada ao g1 -, porém, ela relatou que um homem com quem se relaciona teria aparecido em uma foto, publicada nas redes sociais, segurando as nádegas de outra mulher, que seria lésbica.

“Ela vive na praia com um cara que eu ‘dou uns beijinhos’ às vezes. Para mim, é lésbica e nem olha para homem. Do nada, posta uma foto com o cara segurando na bunda dela. […] Não dá para entender. Para mim, é inaceitável essa galera. Não tenho nem raiva dos homossexuais, das lésbicas assumidas, o que me irrita é essa galera que se diz bissexual, pois ‘o golpe’ vem de todos os lados”, disse, em vídeo.

Sobre as acusações de LGBTfobia, a mulher questionou. “Como posso ser homofóbica se tenho uma namorada? Sou bissexual. Não estou entendendo do que estou sendo acusada”. Ela disse, ainda, que não teve o desejo de ofender a comunidade LGBTQIA+. “Em nenhum momento quis agredir gays e lésbicas. Até porque faço parte desse time”.

Subseção da OAB em Bertioga pediu a abertura de uma investigação policial ao MP-SP — Foto: Reprodução

A subseção da OAB em Bertioga, por meio de nota, expressou “repúdio com relação às manifestações e postagens veiculadas na rede social Instagram” por Karla Mattos, que possuem, segundo a entidade, caráter LGBTfóbico, misógino e gordofóbico.

“A liberdade de expressão é um direito constitucional basilar do Estado Democrático de Direito, entretanto, não se pode interpretar que o seu exercício seja uma licença para expor pensamentos que ferem o próprio direito à liberdade e existência – no caso em tela, a liberdade de ser quem você é, a livre orientação sexual e identidade de gênero”, declarou a OAB.

A subseção pontuou, ainda, que “desde 2019 as manifestações de ordem preconceituosas ou discriminatórias contra população LGBTQIAP+ foram equiparadas ao crime de racismo previsto na Lei 7.716/1989”.

Por fim, a entidade de Bertioga manifestou “total apoio e solidariedade a população LGBTQIAP+ atingida, bem como seu repúdio a qualquer ato de violência, permanecendo em sua missão de promover a conscientização, prevenção e enfrentamento deste tipo de crime”.

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Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Santos.

Por: G1

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