Assistente social de Cubatão (SP) acredita que alguém possa ter encontrado casaco para devolvê-lo — Foto: Arquivo Pessoal
A assistente social Sandra Maria Alves, de 44 anos, perdeu um casaco que havia ganhado do pai, que já morreu, enquanto fazia a travessia de balsas entre Guarujá e Santos, no litoral de São Paulo. Ela pediu ajuda nas redes sociais para tentar recuperá-lo. Ao g1, a moradora de Cubatão (SP) que se sentia confiante com a roupa.
Ela disse que entrou na balsa em Vicente de Carvalho, no distrito de Guarujá, por volta das 11h40 do dia 8 de setembro. Sandra lembra de tê-lo colocado no banco mas, como ela estava com sono, dormiu. Ao acordar, ela diz não ter mais encontrado nada, nem mesmo os demais passageiros. “Quando abri os olhos, vi que não tinha ninguém mais [dentro da balsa], então lembro que sai correndo”.
A assistente social disse que foi até o guichê das balsas para verificar se alguém tinha encontrado o casaco, mas ninguém tinha deixado a roupa com os funcionários. “Na sexta-feira (9) [dia seguinte], fui até lá e atravessei para Guarujá. Não custa nada perguntar [para os funcionários] mais uma vez né? E tornaram a repetir que não”.
Segundo Sandra, o casaco carrega uma memória afetiva. “Eu acordo e lembro do meu casaco. Se não houvesse um valor afetivo não me importaria”.
“É um casaco que tem importância, valor afetivo, entendeu? Ele tem história comigo, fui com ele para Torres Del Paine, Chile e Argentina. Ele não é caro, mas é o sentimento que tenho por ele. Me acompanhou em minhas viagens, realizações, tinha um carinho por tudo isso”, disse.
Sandra ganhou o casaco do pai em 2014 e, em agosto do ano seguinte, ele morreu. “Sou meio minimalista em ter coisas, só tinha esse casaco e mais um outro, não costumo ter muita coisa”.
“Às vezes pode acontecer de uma pessoa boa ter encontrado. Existem pessoas ainda honestas que podem devolver”, finalizou.
Sandra com o casaco que perdeu na travessia de balsas entre Guarujá e Santos, no litoral de São Paulo — Foto: Arquivo Pessoal
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