Atendente de cafeteria sofre há 4 anos com cólicas renais e aguarda por cirurgia para retirada das pedras em Peruíbe, SP — Foto: Arquivo Pessoal
Uma moradora de Peruíbe, no litoral de São Paulo, está há quatro anos sofrendo com cólicas renais causadas por pedras no rim. Ao g1, a atendente de cafeteria Valmiza Santiago Loiola, de 34 anos, afirmou que se sente ‘largada’ e ‘sem forças para lutar’ pelos direitos dela.
Segundo Valmiza, desde o nascimento da filha, em 8 de janeiro deste ano, as cólicas renais se tornaram mais frequentes. “Não saio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Peruíbe, com crise renal de 3 a 4 vezes por semana, tomo tramal e já cheguei a tomar morfina de tanta dor. Agora, esses remédios atacaram o meu fígado, tem dias que só vomito e não consigo comer nada”.
Ela contou que vai na UPA, é medicada e recebe alta mesmo com dor. “Eu não aguento mais de dor. Estou faltando no serviço, tenho duas crianças para criar. Graças a Deus tenho a minha sogra que me ajuda cuidando delas porque mais vivo na UPA do que em casa. Não sei mais o que fazer e nem a quem recorrer”.
Valmiza relembra que após 2 anos de luta, conseguiu encaminhamento para passar por um urologista no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) em Praia Grande, também no litoral paulista. Lá ela fez os exames, e após ser detectada a pedra no rim direito, foi transferida para o AME de Santos, onde é atendida até o momento.
Cólicas renais pioraram após o nascimento da filha da atendente de cafeteria no início deste ano, em Peruíbe — Foto: Arquivo Pessoal
Segundo a atendente de cafeteria, ela passou por três sessões de litotripsia [procedimento para tratamento de cálculos, que visa reduzir o tamanho deles por esmagamento], mas que precisou interromper o tratamento ao descobrir que estava grávida. No entanto, Valmiza disse que o médico havia informado que, se na segunda sessão a pedra não quebrasse, que seria caso cirúrgico.
“A bebê de 6 meses não consegui amamentar pela quantidade de tramal. Ela mamava e vomitava. Está um transtorno tudo isso, não entendo como os médicos juram salvar vidas e, vendo eu nesse estado, não fazem nada”, disse.
Em nota, a Secretaria do Estado da Saúde informou que a paciente está em acompanhamento no AME de Santos com a equipe de urologia e tem retorno agendado para este mês, e que os médicos analisarão os resultados dos exames para dar encaminhamento ao caso de acordo com a condição clínica atual da paciente.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Peruíbe, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Moradora de Peruíbe aguarda há 4 anos por procedimento cirúrgico para retirada de pedras nos rins — Foto: Arquivo Pessoal
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