Nós, cristãos, somos um povo perseguido desde o primeiro século da era cristã, quando a Igreja teve início. A diferença da perseguição do passado para a que vigora até os dias atuais está apenas no método: se antes nos jogavam aos leões e nos matavam ao fio da espada, hoje nos penduram na cruz das ideologias autoritárias que militam contra a vida e a nossa liberdade de fé.
Sim, ainda somos perseguidos violentamente; por exemplo, em regiões onde o radicalismo islâmico impera. Irmãos de fé continuam sendo mortos pelo fio da espada, enquanto outros são alvejados e muitos espancados, presos e torturados em regimes como os da Coreia do Norte e China.
Mas, em países como o Brasil, a perseguição aos cristãos evangélicos pode se apresentar por meio do discurso, na forma de narrativas como a do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que afirmou existir uma “rede evangélica” colaborando com traficantes do Rio de Janeiro.
Nas palavras do “iluminado” Supremo, com destaque meu: “Recentemente, o ministro Luís Roberto Barroso presidiu uma reunião extremamente técnica sobre essa questão, e um dos oradores falou de algo que é raro de se ouvir: uma narcomilícia evangélica, que aparentemente se dá no Rio de Janeiro, onde, portanto, haveria hoje já um acordo entre narcotraficantes, milicianos e pertencentes ou integrados a uma rede evangélica”.
Qualquer pessoa minimamente equilibrada e intelectualmente honesta sabe que não existe evangélico traficante, ou traficante evangélico, pois ambas as coisas são, por definição, incompatíveis. O que pode existir, isto sim, é criminoso tentando fingir ser o que não é, aparentando algo que, na prática, não condiz com a realidade.
Evangélico é quem segue o Evangelho de Jesus Cristo, e nele não há margem para interpretações que incluam o tráfico de drogas como um ato legal. Quem colabora com traficantes, portanto, definitivamente não é evangélico, mas criminoso por definição, e como tal não pode ser aceito como membro em uma igreja evangélica.
Isto posto, é uma aberração intelectual associar o mundo evangélico ao narcotráfico. Ao reproduzir o que ouviu, sem fazer qualquer distinção entre criminosos por definição e evangélicos, de fato, Gilmar Mendes propaga informação abjeta, enganosa, preconceituosa e que incita a intolerância contra a comunidade evangélica em geral, especialmente a periférica.
Concluo dizendo que, se existe alguma relação entre os evangélicos e o tráfico, esta é a de combate! Sim, porque somos nós, da Igreja Evangélica, que mais retiramos vítimas do tráfico das ruas, recuperando usuários de drogas e de tantas outras mazelas que assolam a sociedade, como prostituição e a exploração infantil.
Famílias inteiras são restauradas e vidas outrora arruinadas são transformadas, graças ao trabalho voluntário de milhões de evangélicos dentro e fora do Brasil. Esta, sim, é a única relação que há entre a Igreja e a criminalidade: a de ser luz em meio às trevas!
Por isso existe ex-traficante, ex-viciado, ex-assassino, porque todo àquele que vem a Cristo e aceita a genuína proposta do Evangelho, torna-se uma nova criatura, não permanecendo mais na criminalidade. Portanto, não existe traficante evangélico, muito menos “rede evangélica” do tráfico, e qualquer que afirmar o contrário disso estará mentindo, sendo por isso boca do inferno, filho de Satanás (João 8:44).
Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
Siga-nos nas nossas redes!
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.
Todos os créditos desta notícia pertecem a
Pleno News.
Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.
Zilma Rodrigues do Amaral, acusada de balear e matar acidentalmente uma jovem em Mongaguá, no litoral de São Paulo, é julgada nesta terça-feira (12), na Câmara Municipal da cidade. A ré errou o alvo ao atirar contra o companheiro e acabou acertando Andressa Silva Gouveia, de 22 anos, que não resistiu. O crime aconteceu em 2017. Segundo a polícia, Andressa morava em Diadema (SP) e tinha ido passar um fim […]
Publicar comentários (0)