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Nikki Haley desiste da pré-candidatura, e Trump vira candidato único dos republicanos à presidência dos EUA

today6 de março de 2024 9

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Em pronunciamento nesta quarta (6), ela se recusou a apoiar Trump, defendeu a renovação e disse que a política é sobre conquistar as pessoas, e não sobre rejeitá-las.

Com a desistência, Trump se torna o único pré-candidato republicano e ainda mais próximo de ser confirmado para concorrer à presidência pela sigla. Haley era a única rival de Trump na disputa interna do partido.

Em rápido discurso em Charleston, na Carolina do Sul, seu berço político, ela disse que não apoiará Trump.



“Cabe agora a Donald Trump ganhar os votos daqueles no nosso partido que não o apoiaram, e espero que o faça”, disse ela. “Agora é a hora de escolher.”

Ela disse que a “a causa conservadora precisa urgentemente de mais pessoas”. “Na melhor das hipóteses, a política consiste em trazer as pessoas para a sua causa, e não em rejeitá-las.”

A decisão da desistência, segundo a imprensa norte-americana, foi impulsionada pelos resultados da Superterça, a votação simultânea de 15 estados realizada na terça-feira (5) que concretizou uma vitória avassaladora de Donald Trump do lado republicano.

Trump venceu na maioria dos estados. A Superterça elege cerca de um terço dos delegados — que representam os candidatos — do Partido Republicano em disputa. Dos 15 estados que realizaram prévias, Trump saiu vencedor em 14, incluindo Califórnia e Texas, os dois maiores colégios eleitorais do país. Haley venceu apenas em Vermont.

Ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU), Haley é atualmente a única rival de Trump na disputa pelo Partido Republicano. Ela vem insistindo que não deixará a campanha, apesar de seu rival já ter conquistado uma maioria esmagadora de delegados.

Haley argumentava que era preciso permanecer na campanha para mostrar que há oposição, dentro do Partido Republicano, à candidatura de Donald Trump.

A ex-embaixadora na ONU também poderia se beneficiar de uma eventual decisão da Suprema Corte sobre a imunidade de Donald Trump desfavorável ao ex-presidente. Caso isso acontecesse, ela se tornaria a candidata automática do Partido Republicano, já que ninguém mais seguia na disputa.

Quem é Nikki Haley, republicana que desafia candidatura de Trump à presidência dos EUA

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Trajetória Haley na campanha

Ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU e ex-governadora da Carolina do Sul, Haley, de 51 anos, começou a corrida com poucas chances, mas aos poucos conquistou a simpatia de parte dos republicanos, o que lhe permitiu subir nas pesquisas e arrecadar fundos.

Com posições mais moderadas, especialmente em temas sociais como aborto, ela acena ao eleitorado republicano que não tolera o radicalismo de Trump e aos independentes.

Com a saída do ex-governador da Flórida Ron DeSantis em janeiro, ela se tornou a única rival de Trump.

Haley ganhou reputação no Partido Republicano como uma conservadora sólida que tem a capacidade de abordar questões de gênero e raça de uma forma mais palatável do que muitos dos seus pares.

Ao mesmo tempo, ela tem sido alvo de críticas pelas suas posições ambíguas sobre algumas questões políticas importantes.

Ela é filha de dois imigrantes da Índia que administravam uma loja de roupas na zona rural da Carolina do Sul, e já falou ocasionalmente sobre a discriminação que sua família enfrentou.

Haley se formou em contabilidade na Clemson University em 1994 e ajudou a expandir o negócio de roupas de seus pais. Ela assumiu cargos de liderança em diversas organizações empresariais antes de conquistar uma cadeira na legislatura da Carolina do Sul em 2004. Ela é casada e tem dois filhos.

Governadora da Carolina do Sul

Eleita governadora da Carolina do Sul em 2010, Haley se tornou a primeira mulher a ocupar esse cargo no estado e a segunda pessoa de ascendência indiana eleita governadora nos Estados Unidos.

Ela recebeu atenção nacional em 2015, quando assinou um projeto de lei removendo a bandeira confederada do Capitólio do estado da Carolina do Sul, após o assassinato de nove fiéis negros pelo supremacista branco Dylann Roof. Mas mais tarde ela recebeu críticas de algumas autoridades eleitas por descrever a bandeira como um símbolo de herança para alguns sulistas.

Haley também nomeou Tim Scott, então representante na Câmara dos EUA pela Carolina do Sul, para o Senado dos EUA em 2012. Scott era um rival na indicação presidencial, mas desistiu da corrida primária no início de novembro, depois de lutar para ganhar força nas pesquisas de opinião.

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Por: G1

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