Uma nuvem ‘gigante’ trouxe um temporal à Baixada Santista, no litoral de São Paulo, após dias de calor intenso que, inclusive, ultrapassaram os 39,7ºC. O fenômeno observado de diversas cidades da região, segundo uma meteorologista ouvida pelo g1, é conhecido como nuvem prateleira. A imagem acima, da repórter-fotográfica Vanessa Rodrigues, captura o momento.
Heloísa Pereira Nóbrega, meteorologista da Ampere, informou à equipe de reportagem que as nuvens prateleiras são frequentemente associadas a ventos intensos que precedem tempestades, como de fato ocorreu e foi registrado pelo repórter da TV Tribuna, afiliada da Globo, Matheus Croce. (veja abaixo)
“Essas rajadas são produzidas pelo ar frio e denso que desce rapidamente das partes altas de uma tempestade devido a presença de chuva pesada ou granizo. Ao atingir a superfície, esse ar se espalha horizontalmente em todas as direções”, explicou a especialista.
Fenômeno da ‘nuvem prateleira’ foi registrado na Baixada Santista antes de tempestade — Foto: Vanessa Rodrigues/A Tribuna Jornal
Heloísa explicou que à medida que o ar quente e úmido é forçado para cima, ele esfria, pois a queda de temperatura faz com que a umidade do ar condense, formando a nuvem.
“Esta condensação cria a estrutura característica da nuvem prateleira, que muitas vezes parece uma longa e horizontal ‘prateleira’ no céu”, descreveu.
A meteorologista afirmou, ainda, que as nuvens prateleiras podem estender-se por muitos quilômetros e ter uma borda inferior bem definida. “Muitas vezes parecem rolar ou ondular, o que é um efeito da turbulência no ar”.
‘Nuvem prateleira’ é associada a uma frente de rajada, que é uma linha de ventos intensos que precedem uma tempestade. — Foto: Vanessa Rodrigues/A Tribuna Jornal
A temperatura em Santos, no litoral de São Paulo, em 2024 está 2,3ºC acima da média registrada nos 16 primeiros dias de 2023. A informação é da Defesa Civil da cidade, que aponta o fenômeno climático El Niño como um dos motivos para a alta nos termômetros.
Caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, o fenômeno ocorre com frequência a cada dois a sete anos. Ele costuma durar doze meses e impacta diretamente no aumento da temperatura global, não apenas no sudeste brasileiro.
A Prefeitura de Santos ressaltou que, no momento, a média das temperaturas máximas em 2024 está em 31,8°C, enquanto em 2023 foi de 29,5°C.
Se comparados os dias mais quentes de cada período, a diferença é de 3,2ºC. Em 15 de janeiro de 2023 os termômetros marcaram 36,5°C, enquanto na última terça-feira (16) a temperatura ficou em 39,7ºC.
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