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O que possível encontro entre Putin e Kim Jong-un tem a ver com guerra na Ucrânia?

today5 de setembro de 2023 10

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O último encontro entre os dois aconteceu em 2019.

Segundo um funcionário do alto escalão dos Estados Unidos ouvido pela CBS, parceira americana da BBC, eles vão discutir a possibilidade de a Coreia do Norte fornecer armas à Rússia para apoiá-la em sua guerra na Ucrânia.

Não está claro onde as negociações seriam realizadas.



Moscou e Pyongyang não comentaram sobre o possível encontro.

O jornal americano “The New York Times” publicou a avaliação de fontes de que o mais provável é que Kim viaje em um trem blindado.

O encontro acontece depois de a Casa Branca informar que obteve novas informações de que as negociações sobre armas entre os dois países estavam “avançando ativamente”.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse que o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, tentou “convencer Pyongyang a vender munição de artilharia” à Rússia durante uma recente visita à Coreia do Norte.

As armas expostas na reunião incluíam o Hwasong, um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês), considerado o primeiro do país a usar propulsores sólidos. Foi a primeira vez que Kim abriu as portas do país a visitantes estrangeiros desde a pandemia de Covid-19.

Desde então, Putin e Kim trocaram cartas “comprometendo-se a aumentar a sua cooperação bilateral”, disse Kirby.

“Pedimos à RPDC (Coreia do Norte) que cesse as negociações sobre armas com a Rússia e cumpra os compromissos públicos que Pyongyang assumiu de não fornecer ou vender armas à Rússia“, acrescentou.

Kirby alertou que os EUA tomariam medidas, incluindo a imposição de sanções, se a Coreia do Norte fornecesse armas à Rússia.

Os dois líderes encontraram-se pela última vez em 2019, quando Kim viajou de trem a Vladivostok, no extremo leste da Rússia, e foi recebido com uma tradicional oferta de pão e sal por autoridades russas.

Foi também provavelmente a última vez que Kim viajou para o exterior.

Há preocupação tanto em Washington como em Seul sobre o que a Coreia do Norte receberia em troca de um acordo sobre armas, o que poderia resultar num aumento da cooperação militar entre Estados Unidos e Coreia do Sul.

Outro receio é que a Rússia possa fornecer armas à Coreia do Norte no futuro, num momento em que Pyongyang mais precisa delas.

Mais preocupante ainda, Kim Jong-Un poderá pedir a Putin que lhe forneça tecnologia ou conhecimento bélico avançado, para o ajudar a fazer avanços no seu programa de armas nucleares.

No entanto, um acordo pode acabar sendo mais transacional do que estratégico.

Coreia do Norte testa seu mais recente míssil balístico intercontinental

Coreia do Norte testa seu mais recente míssil balístico intercontinental

Por enquanto, a Rússia precisa de armas e a Coreia do Norte, faminta por sanções, precisa de dinheiro e comida.

O “The New York Times” noticiou que o encontro entre Kim e Putin poderá acontecer novamente em Vladivostok. Edward Wong, correspondente do jornal, disse à BBC News que uma equipe de autoridades norte-coreanas do alto escalão viajou para Vladivostok e Moscou no final do mês passado.

O grupo “incluía agentes de segurança que lidam com o protocolo que envolve as viagens da autoridade, o que foi um forte sinal para as autoridades que analisam esta questão”, disse Wong.

Pyongyang e Moscou já negaram anteriormente que a Coreia do Norte esteja fornecendo armas à Rússia para utilização na guerra na Ucrânia.

John Everard, que serviu como embaixador do Reino Unido na Coreia do Norte entre 2006 e 2008, disse à BBC que a publicidade em torno da possível visita era uma “forte razão pela qual é improvável que o encontro ocorra”, já que Kim está “completamente paranoico com a sua segurança pessoal”.

E embora a Coreia do Norte tenha arsenais de armas de que Moscou necessita, “eles estão em condições muito precárias”, acrescentou.

Após o encontro em Vladivostok em 2019, Putin disse que Kim exigiria “garantias de segurança” para abandonar o seu programa nuclear.

Essa reunião ocorreu poucos meses depois de uma cúpula no Vietnã entre Kim e o então presidente dos EUA, Donald Trump, não ter conseguido fazer progressos na desnuclearização da Península da Coreia.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

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