Eleições na Argentina: veja candidatos escolhidos para a disputa presidencial
As primárias argentinas são uma votação obrigatória pelo Código Eleitoral local para definir os candidatos que concorrerão às eleições presidenciais. É um formato relativamente novo – existe desde 2011 – e único no mundo, porque:
- A votação é obrigatória a todos os cidadãos aptos a votar;
- É diferente de primárias mais tradicionais, de países como França e EUA, nas quais afiliados de partidos escolhem os candidatos apenas de suas siglas, em datas diferentes; no caso Argentino, todas as siglas passam pela votação no mesmo dia;
- Todos os partidos são obrigados a fazer prévias, ainda que só tenham um candidato concorrendo que queira concorrer à presidência, ou ainda um consenso dentro da sigla;
Como funcionam as primárias
- Todos os eleitores são então convocados às urnas em um mesmo dia – que neste ano, foi no domingo (13). Ao chegar ao local de votação, o eleitor depara-se com distintas cédulas, cada qual de um partido diferente;
- O eleitor então escolhe a cédula do grupo político de sua predileção e vota nas primárias dessa agremiação;
- Para avançar na corrida presidencial, todos os candidatos que concorrem nas primárias precisam de, no mínimo, 1,5% dos votos para se tornarem elegíveis – assim, os partidos nanicos são eliminados, o que foi o principal objetivo da criação desse processo prévio de votação.
- Com o resultado, as primárias também definem, na mesma época, o candidato de cada legenda;
Historicamente, as primárias – conhecidas pela sigla Paso (Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias) – servem como uma espécie de ensaio para as eleições gerais e um termômetro de quem tem chances reais de vencer.
Mas não necessariamente o vencedor das Paso é o candidato eleito à presidência:
- Em 2019, a chapa de Alberto Fernández e Cristina Kirchner venceu a do então presidente, Mauricio Macri, nas Paso;
- Já nas primárias anteriores, Maurício Macri havia perdido para o candidato da situação, Daniel Scioli.
Com o resultado das Paso em mãos, os candidatos “pré-eleitos” podem então concorrer às eleições presidenciais, que acontecem em outubro.
Como no Brasil, a votação pode ter um segundo turno, em novembro – as principais projeções indicam que esse cenário é o mais provável.
Nas eleições gerais, os argentinos elegem presidente e seu vice e parte dos deputados e senadores do país.
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