A Human Rights Watch (HRW), ONG de direitos humanos, advertiu a Ucrânia, nesta terça-feira (31), sobre o uso de minas terrestres proibidas, alegando que quase 50 civis, incluindo cinco crianças, ficaram feridos por conta dos dispositivos.
“A Ucrânia deveria investigar o suposto uso, por parte de seu Exército, de milhares de minas terrestres espalhadas por foguetes dentro e ao redor da cidade de Izium quando as forças russas ocupavam a área”, afirmou a instituição.
A organização recordou que as forças russas também usaram este tipo de mina em várias regiões da Ucrânia desde o início de sua invasão, há quase um ano.
Em Izium, a HRW documentou muitos casos de “minas borboleta”, de fabricação soviética, lançadas de foguetes. Estes armamentos foram encontrados em nove áreas, onde ficavam posições russas, o que sugere que elas eram os alvos.
“As forças ucranianas parecem ter mobilizado minas de forma intensiva na região de Izium, causando vítimas civis”, declarou Steve Goose, diretor do Departamento de Armas na HRW. Segundo ele, as “atrocidades” cometidas pelas forças russas “não justificam o uso destas armas proibidas” por parte da Ucrânia.
A região, à leste do território ucraniano, ficou sob controle da Rússia por mais de cinco meses. O Exército ucraniano recuperou o controle de Izium em meados de setembro.
A HRW fez uma investigação na região de 19 de setembro a 9 de outubro e interrogou mais de 100 testemunhas. Ao final, a ONG identificou 11 vítimas de minas.
De acordo com os serviços de saúde ouvidos pela ONG, no entanto, este número é maior: eles estimam que quase 50 civis, incluindo pelo menos cinco crianças, teriam sido feridos por estas minas durante ou após a ocupação da Rússia. Metade das vítimas sofreu amputações de membros inferiores.
A Ucrânia é um dos países signatários da Convenção sobre a Proibição de Minas Terrestres de 1997, a qual ratificou em 2005. Procurado pela ONG, o Ministério ucraniano da Defesa respondeu que o Exército respeita suas obrigações internacionais, mas afirmou que os tipos de armas utilizados “não serão comentados até o fim da guerra”.
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Por: G1
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