“E, nesta noite, o nosso coração está em Belém, onde o Príncipe da Paz ainda é rejeitado pela lógica perdedora da guerra, com o estrondo das armas que ainda hoje O impede de encontrar alojamento no mundo”, expressou o pontífice argentino durante a missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Papa Francisco celebra missa de véspera de Natal na Basílica de São Pedro, no Vaticano, 24 de dezembro de 2023. — Foto: REUTERS/Remo Casilli
“[Jesus] não subverte do alto as injustiças com a força, mas de baixo com o amor; não irrompe com um poder sem limites, mas desce até aos nossos limites”, declarou o papa.
Aproximadamente 6.500 fiéis participaram da missa, segundo o Vaticano, e centenas de outros a acompanharam por meio de telas gigantes instaladas do lado de fora, na Praça de São Pedro.
Francisco não mencionou explicitamente Israel nem Gaza na Missa do Galo, mas, mais cedo, durante seu tradicional pronunciamento de domingo, o pontífice tinha mencionado o conflito.
“Estamos próximos dos nossos irmãos e irmãs que sofrem com a guerra. Pensemos na Palestina, em Israel, na Ucrânia. Pensemos também naqueles que sofrem com a miséria, a fome, a escravidão”, disse Francisco. “Que o Deus que tomou para si um coração humano infunda a humanidade nos corações dos homens.”
Os cristãos palestinos decidiram cancelar a maioria das festividades de Natal este ano em Belém, onde nem a tradicional grande árvore de Natal nem o presépio em tamanho natural foram instalados.
O Papa Francisco também mencionou o contexto em que nasceu Jesus, segundo o Cristianismo. Ele lembrou que Cristo nasceu durante um censo destinado a reforçar o poder do Rei David, e alertou contra “a busca pelo poder e poder mundano, fama e glória, que mede tudo em termos de sucesso, resultados, números e números, um mundo obcecado pela realização”.
Jesus, no entanto, chegou ao mundo humildemente, assumindo carne humana, afirmou o pontífice.
“Aqui, não vemos um deus de ira e castigo, mas o Deus de misericórdia, que se encarna e entra no mundo em fraqueza”, disse o papa.
Uma divindade pagã está ligada ao “poder, ao sucesso mundano e à idolatria do consumismo”, disse o papa. “Deus, por outro lado, não acena com nenhuma necessidade mágica; Ele não é um deus do comércio que promete tudo de uma vez. Ele não nos salva apertando um botão, mas aproxima-se de nós para mudar o nosso mundo a partir de dentro.”
Francisco também falou sobre o que busca Deus e disse pediu para que os fiéis que passam por momentos de dificuldades lembrou dos sacrifícios de Jesus pela humanidade.
“Esta noite, o amor muda a história. Faz-nos acreditar, Senhor, no poder do teu amor, tão diferente do poder do mundo. Faz com que nós, como Maria, José, os pastores e os Reis Magos, nos reunamos ao teu redor e te adoremos”, disse o pontífice. “Redescubramos a adoração, porque adorar não é perder tempo, mas deixar que Deus habite o nosso tempo.”
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Por: G1
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