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Polícia apreende rádios e drogas escondidas por narcotraficantes em ‘vale da morte’ no litoral de SP

today7 de agosto de 2023 8

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As apreensões foram feitas durante a ‘Operação Escudo’ e divulgadas nesta segunda-feira (7), pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite. Nas imagens, os agentes aparecem em meio ao mato e chamam a comunidade de ‘vale da morte’.

Conforme informado no conteúdo, a corporação localizou oito comunicadores na mata. Além disso, a PM Ambiental também encontrou tijolos – de quantidade não informada – do material que, segundo Derrite, é ‘pasta base’ de cocaína.

“A Polícia Militar Ambiental encontrou rádios comunicadores e muita pasta base de cocaína durante a Operação Escudo, na Baixada Santista. Seguimos combatendo a raiz da criminalidade no litoral”, escreveu Derrite, nas redes sociais.



PM Ambiental apreendeu comunicadores e drogas na comunidade Vila Julia, em Guarujá (SP) — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A operação policial deflagrada na Baixada Santista após a morte do PM da Rota Patrick Bastos Reis resultou, até o momento, na prisão de 181 pessoas e em 16 mortes. O balanço parcial, da ação que continua em vigor, foi divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) nesta segunda-feira (7).

Das prisões, 155 foram feitas pela PM e 26 pela Polícia Civil. A SSP-SP informou que os números são referentes a dez dias de operação, de 28 de julho a 6 de agosto. No período, foram apreendidos 495 quilos de entorpecentes e 22 armas, entre pistolas e fuzis.

Sobre os 16 mortos, a SSP-SP informou que ao menos dez tinham antecedentes criminais por crimes como roubo, receptação, tráfico de drogas, entre outros. A secretaria não passou informações sobre os outros seis mortos nem sobre as circunstâncias das mortes — desde o começo da operação, no entanto, a secretaria diz que foram em confrontos.

Por determinação da SSP-SP os casos são investigados pela Deic de Santos e pela PM. As imagens das câmeras corporais dos policiais serão anexadas aos inquéritos em curso e estão disponíveis para consulta irrestrita pelo Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da PM, de acordo com a pasta.

Defensoria Pública oficia governo

Moradores, familiares de mortos e associações dizem que operação policial, em Guarujá (SP), foi ‘chacina’ — Foto: Diego Bertozzi/TV Tribuna

A Defensoria Pública de São Paulo oficiou na última quarta-feira (2) a SSP-SP pedindo para que a operação policial no Guarujá seja interrompida imediatamente. O órgão também solicitou que os policiais militares envolvidos em mortes sejam afastados temporariamente das ruas.

Segundo a defensoria, caso haja alguma excepcionalidade que justifique a continuidade da ação, o governo estadual deve apresentá-la por escrito ao Ministério Público (MP), com a identificação dos responsáveis pelo comando da operação.

Além disso, pede que sejam utilizadas câmeras corporais no uniforme de todos os agentes da Polícia Militar (PM) que fazem parte da ação.

Em nota, a SSP-SP informou que tem ampliado a interlocução e compartilhamento de dados com diversas instituições, incluindo o Ministério Público e a Defensoria Pública, com o objetivo de aperfeiçoar as ações na área da segurança pública.

Neste contexto, representantes da Defensoria Pública e do Ministério Público se reuniram para discutir dados relativos ao primeiro semestre e questões relacionadas aos ataques contra policiais na região da Baixada Santista.

A SSP-SP destacou o respeito pelo papel constitucional de cada instituição democrática e lamentou acusações infundadas. A pasta reiterou que o enfrentamento do crime na região tem sido uma prioridade do Governo do Estado e enfatiza o compromisso contínuo e reforçado dos policiais na proteção dos moradores.

O que se sabe sobre a morte de um policial da Rota em Guarujá e da Operação Escudo

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O soldado Patrick Bastos Reis foi baleado enquanto fazia um patrulhamento na comunidade da Vila Júlia em Guarujá, na quinta-feira (27). A morte dele foi confirmada no mesmo dia. Além dele, um outro policial foi baleado na mão esquerda, encaminhado para o Hospital Santo Amaro e liberado.

Após o caso, a Polícia Militar iniciou a Operação Escudo, com o objetivo de capturar os criminosos responsáveis pela ação contra os agentes.

Na segunda-feira (31), Erickson foi encaminhado ao Fórum de Santos, onde passou por audiência de custódia, que começou por volta das 10h. A Justiça definiu que a prisão temporária foi mantida por 30 dias.

Erickson David da Silva é um dos apontados como responsáveis pelos disparos contra o PM em Guarujá (SP). — Foto: Reprodução

Em entrevista à TV Tribuna, afiliada da TV Globo, o advogado do Wilton Felix disse que suspeito se diz inocente e estava na comunidade da Vila Julia, em Guarujá, para comprar drogas. “Ele [Erickson] alega e atesta que não participou do evento morte. Na fatalidade, ele estava comprando droga, por fazer uso de entorpecentes, quando ouviu vários tiros e no pavor da situação, ele fugiu do local”, explicou Felix.

Ainda segundo o advogado, imagens do suspeito foram vinculadas como sendo o principal suspeito de ter realizado o disparo de ter matado o policial. “Ele ficou com receio e foi para outra cidade, sendo hoje (domingo), de livre e espontânea vontade, se integrou as autoridades, na Corregedoria da Polícia, mostrando que acredita que ele foi vítima de uma injustiça”, disse o advogado.

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Em vídeo gravado antes de ser preso, o suspeito afirma, em relato direcionado ao governador de SP e ao secretário de Segurança Pública, que estão “matando uma ‘pá’ de gente inocente”. Ele diz não ter nada a ver com o caso, mas que vai se entregar. Erickson diz ainda que estão “querendo pegar” sua família (veja o vídeo acima).

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta segunda-feira (31) que o vídeo gravado pelo suspeito foi “uma estratégia do crime organizado”.

“A verdade é que esse vídeo que ele fez, orientado pelos seus defensores, inclusive tem áudio do advogado o orientando a fazer esse vídeo, se os senhores ainda não possuem, ao longo das investigações vão tomar conhecimento disso, é uma estratégia do crime organizado, inclusive de cooptar moradores, de cooptar pessoas das comunidades que também são vítimas do tráfico organizado apresentando versões”, afirmou.

Até a última atualização desta reportagem, SSP-SP confirmou que o número de mortes subiu para 16 durante a Operação Escudo realizada em Guarujá (SP). A ação da polícia começou, na última sexta-feira (28) após execução de PM da equipe Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) durante patrulhamento na região.

Governador Tarcísio de Freitas durante coletiva sobre operações na Baixada Santista e Centro de SP — Foto: Governo de SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o secretário de segurança do estado, Guilherme Derrite, anunciaram aumento do efetivo policial e uma nova unidade em Guarujá, no litoral de São Paulo, após a morte do PM da Rota Patrick Bastos Reis. Segundo o governador, as ações se fazem necessárias pois “o tráfico ocupou a Baixada Santista”.

De acordo com Tarcísio, a Operação Escudo vai continuar na Baixada Santista por pelo menos 30 dias. Além disso, o governador ainda prometeu novas ações na região.

“Nós vamos levar para a Baixada Santista o aumento de efetivo, unidade da Polícia Militar. Nós devemos ter mais uma unidade da Polícia na Baixada para aumentar o efetivo e responder o anseio da Baixada”, disse Tarcísio.

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