G1 Mundo

Porta-aviões chinês cruza o Estreito de Taiwan, diz Taipei

today27 de maio de 2023 7

Fundo
share close

O Ministério da Defesa de Taiwan informou neste sábado (27) que três navios chineses, incluindo o porta-aviões Shandong, cruzaram o Estreito de Taiwan. As embarcações ultrapassaram a linha de fronteira invisível entre Taiwan e a China Continental, traçada unilateralmente pelos Estados Unidos durante a Guerra Fria, que Pequim se recusa a reconhecer.

“Uma flotilha de três navios do PLA (Exército de Libertação do Povo), liderada pelo porta-aviões Shandong, passou pelo Estreito de Taiwan por volta do meio-dia de hoje”, afirmou o ministério da Defesa taiwanês, em um comunicado.

A presença de navios de guerra chineses no Estreito de Taiwan é constantemente monitorada por Taipei. Porém, a do porta-aviões Shandong é incomum.



As forças armadas de Taiwan “monitoram a situação e designaram aeronaves (patrulha aérea civil), navios da marinha e sistemas de mísseis terrestres para responder a essas atividades”, reagiu o ministério da Defesa de Taiwan.

Desde o fim da Guerra Civil Chinesa, em 1949, a China vê Taiwan como uma província que ainda não conseguiu reunificar com o resto de seu território. Taiwan reivindica a sua independência da China, que ameaça uma reintegração à força.

Entenda a importância de Taiwan

Entenda a importância de Taiwan

Para Steve Tsang, diretor do SOAS China Institute da Universidade de Londres, a passagem do porta-aviões Shandong no Estreito de Taiwan é “muito incomum”.

“Mas os chineses têm tentado demonstrar seu poderio militar em torno de Taiwan nos últimos seis meses ou mais”, destaca. Assim, o aparecimento do porta-aviões Shandong no estreito faz parte deste “contexto geral”, acrescentou o analista.

A última vez que autoridades taiwanesas relataram a presença do porta-aviões chinês no Estreito de Taiwan havia sido em março de 2022.

As relações entre Pequim e Taipei se deterioraram nos últimos anos, quando a China intensificou as incursões militares ao redor da ilha.

A demonstração de força de Pequim ocorre pouco mais de um mês após manobras militares ao redor da ilha, em abril, que visavam cercar Taiwan por três dias. Durante esses exercícios, Pequim simulou bombardeios direcionados contra a ilha autônoma e até um cerco a Taiwan. No último dia de operações, as autoridades taiwanesas detectaram 12 navios de guerra chineses e 91 aviões.

Uma análise realizada pelo Centro de Estratégias e Estudos Internacionais (CSIS) aponta que, caso a China tente invadir Taiwan, os norte-americanos devem intervir para manter a independência da ilha. Com isso, os pesquisadores vão além: eles indicam que a perspectiva de um conflito aberto entre as duas superpotências mundiais é provável e deve acontecer entre os dias atuais e 2027.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.

Avalie

Post anterior

campanha-de-desinformacao-esquenta-o-segundo-turno-da-turquia

G1 Mundo

Campanha de desinformação esquenta o segundo turno da Turquia

A campanha de desinformação empreendida com vigor pelo governo faz dele o favorito no segundo turno neste domingo (28). Há 20 anos no comando do país, Erdogan assegurou o controle da mídia e usa os meios necessários para difamar seu adversário, Kemal Kilicdaroglu, que lidera a coalizão de seis partidos opositores e pela primeira vez, reuniu as condições para derrubá-lo. Embora tenha ficado 5 pontos atrás do presidente no primeiro […]

today27 de maio de 2023 8

Publicar comentários (0)

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.


0%