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Porta-voz militar israelense diz que forças terrestres estão expandindo operações

today27 de outubro de 2023 6

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“Além dos ataques realizados nos últimos dias, as forças terrestres estão expandindo suas operações nesta noite”, disse o contra-almirante Daniel Hagari em entrevista coletiva transmitida pela televisão.

Ele disse que o principal alvo são os túneis usados pelo grupo terrorista Hamas que ficam em regiões próximas do território israelense.

Na quinta-feira, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, deu uma entrevista coletiva e, quando foi perguntado sobre uma invasão terrestre da Faixa de Gaza, respondeu: “O dia em que isso ocorrerá não está longe, e a manobra começará quando as condições forem adequadas”.



Os serviços de internet e telefonia móveis foram cortados no território palestino, de acordo com empresas locais de telecomunicações e com a Cruz Vermelha.

De acordo com o provedor Jawwal, os serviços foram interrompidos por causa dos intensos bombardeios.

Uma declaração do Crescente Vermelho disse que perdeu o contato com as operações em Gaza e com os membros da equipe no local.

De acordo com o “New York Times”, os palestinos que ainda conseguem fazer contato com pessoas fora da Faixa de Gaza relatam que há medo e pânico pela possibilidade de mais ataques aéreos.

Mais cedo, o grupo terrorista Hamas afirmou que disparou uma salva de foguetes em direção a Israel em resposta aos bombardeios israelenses no norte da Faixa de Gaza.

Na semana passada, o ministro da Defesa de Israel detalhou pela primeira vez a ocupação que Israel pretende realizar na Faixa de Gaza. Segundo Yoav Gallam, a ação ocupação ocorrerá em três fases e “não durará para sempre”.

“Queremos fazer uma operação em Gaza para deixar de sermos responsável pelo território para sempre”, disse Gallant a parlamentares de Israel durante sessão no Parlamento do país.

Essas três fases em sua guerra devem ser:

  1. A primeira delas, já parcialmente em curso, consiste de ataques aéreos e a ofensiva por terra.
  2. Em um segundo momento, militares deverão em combater “bolsões de resistência” dentro da Faixa de Gaza.
  3. Na terceira fase, segundo o ministro, as tropas se retirarão, e Israel criará “um novo regime de segurança” que trará “uma nova realidade para a segurança dos cidadãos de Israel”.

Como a guerra atual começou

▶️ Como começou o conflito mais recente entre o Hamas e Israel? A mais recente disputa na região começou em 7 de outubro, quando o Hamas realizou um ataque-surpresa contra Israel. Essa foi a mais violenta ação em território israelense dos últimos 50 anos. Os serviços de inteligência do país não conseguiram antecipar que uma ofensiva dessa magnitude estava sendo preparada.

▶️ O que é o Hamas? O grupo terrorista é uma das principais organizações islâmicas nos Territórios Palestinos (são duas áreas não contínuas: a Faixa de Gaza e a Cisjordânia). Desde 2007, o Hamas controla Gaza, localizada em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel. O grupo é considerado terrorista por países como os Estados Unidos e o Reino Unido, mas tem o apoio do Irã.

▶️ Como foi o ataque? As ações se concentraram perto da fronteira da Faixa Gaza, de onde Hamas lançou milhares foguetes. Por terra, ar e mar, com motos e parapentes, homens armados invadiram o território israelense pelo sul do país. Invasores atiraram em pessoas nas ruas e sequestraram centenas de pessoas (incluindo mulheres e crianças), levadas como reféns para Gaza.

▶️ Como foi a resposta de Israel? Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação. “Estamos em guerra e vamos ganhar”, disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, logo após o ataque. “O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu.” Ainda em 7 de outubro, Israel lançou bombas em direção à Faixa de Gaza.

▶️ Quantas pessoas morreram? O balanço divulgado em 23 de outubro informou que mais de 6 mil pessoas morreram desde o início da guerra entre o Hamas e Israel, em 7 de outubro. Na Faixa de Gaza, o número de vítimas subiu para passou de 5 mil, sendo 2 mil crianças. Os feridos em Gaza são 15.898. Em Israel, foram confirmadas em torno de 1,4 mil mortes, além de 4 mil feridos, a maior parte deles no dia ataque do Hamas em 7 de outubro.

▶️ Qual é o contexto recente desse do conflito? A Arábia Saudita e o governo de Israel estavam negociando para estabelecer relações diplomáticas formais. Os Estados Unidos trabalham ativamente para isso. Caso Israel e a Arábia Saudita se tornem aliados, o Irã, um adversário em comum dos dois, ficará mais isolado. “A principal motivação do Hamas e do Irã [para o ataque] foi o desejo de perturbar esse acordo, que ameaçava isolá-los. A ideia era envergonhar os líderes árabes que que fizeram a paz com Israel, ou que poderiam vir a fazê-lo”, afirmou Martin Indyk, ex-embaixador dos EUA em Israel.

▶️ O que é e onde fica Faixa de Gaza? É um território palestino localizado em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito e banhado pelo Mar Mediterrâneo. Marcado por pobreza e superpopulação, tem mais de 2 milhões de habitantes morando em um território de 41 km de comprimento e 10 km de largura. Tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005, Gaza vive um bloqueio de bens e serviços imposto por seus vizinhos de fronteira.

▶️ Qual é o histórico do conflito na região? A disputa entre Israel e Palestina se estende há décadas e já resultou em inúmeros enfrentamentos armados e mortes. Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico.

▶️ Quando Israel foi reconhecido como um Estado? Em 1948. Desde então, vem ocorrendo uma disputa por território na região, e vários acordos já tentaram estabelecer a paz na região, mas neNhum deles teve sucesso.

▶️ Qual é a diferença entre israelenses e palestinos? Israelenses são cidadãos do Estado de Israel, criado em 1948. Palestinos são o povo etnicamente árabe, de maioria muçulmana, que habitava a região entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo.




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Por: G1

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