Seu anúncio era amplamente esperado depois que seu partido Nação Tailandesa Unida, apoiado pelos militares, foi derrotado nas eleições de 14 de maio. Ele permanecerá como primeiro-ministro interino até que um novo governo seja formado.
A declaração foi realizada na página do Facebook de seu partido. “A partir de agora, gostaria de anunciar minha aposentadoria da política. Ao me demitir do Nação Tailandesa Unida”, escreveu na postagem.
Ele também disse que decidiu se tornar membro do Nação Tailandesa Unida porque “eu queria participar da criação de um partido político de qualidade, que tivesse ideais fortes, como o patriotismo”.
No poder desde agosto de 2014
Prayuth Chan-ocha foi nomeado formalmente como novo primeiro-ministro do país em 25 de agosto de 2014.
Ele assumiu a cadeira em uma cerimônia a portas fechadas que aconteceu no quartel-general do Exército em Bangcoc, onde fez-se chegar a ordem de nomeação assinada pelo rei tailandês da época, Bhumibol Adulyadej.
“Não estamos deixando ninguém de lado. Todo o mundo está convidado a participar do Conselho Nacional para a Reforma. Não queremos que ninguém fique à margem da democracia”, disse o então novo chefe de governo.
A junta militar, que tomou o poder em um golpe de Estado em 22 de maio, afirmou na data da posse que pretendia realizar uma série de reformas políticas, sociais e econômicas.
Desde o levante, centenas de políticos, ativistas, acadêmicos e jornalistas foram detidos, intimidados e obrigados a renunciar a toda atividade política de oposição ou crítica ao novo regime militar.
Suspensão da Constituição
Em pronunciamento na TV feito em 22 de maio de 2014, Prayuth Chan-ocha afirmou que o Exército estava tomando o controle do governo para restaurar a ordem e promover reformas políticas.
Após o anúncio do golpe, o Exército determinou na época que a Constituição fosse suspensa temporariamente e instituiu toque de recolher em todo o país das 22h às 5h, indicou um porta-voz dos militares. Ele acrescentou que o Senado e todos os tribunais continuariam com suas atividades normais.
Também foi determinado que todas as rádios e TVs deveriam interromper suas programações normais e transmitir apenas material do Exército. A censura foi ampliada para os meios de comunicação estrangeiros – as transmissões de emissoras internacionais, como BBC e CNN, foram suspensas.
Protestos foram proibidos, e grupos de mais de cinco pessoas não puderam se reunir em nenhum lugar da Tailândia.
“Para que o país retorne à normalidade, as Forças Armadas devem tomar o poder a partir de 22 de maio às 16h30” (6h30 de Brasília), afirmou Chan-Ocha na época. “No interesse da ordem pública e da lei, assumimos os poderes. Por favor, permaneçam calmos e continuem com seus afazeres diários”, disse o comandante na TV pouco antes das 17h locais (7h de Brasília).
Prayuth Chan-ocha durante seu discurso de posse na Tailândia — Foto: AP Photo/Porta-voz oficial da Tailândia
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Por: G1
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