Dois autocratas em situação de desespero e necessidade mútua se unem, comungam esforços e tentam vender ao mundo a imagem de força: Kim Jong-un, da Coreia do Norte, ofereceu a Vladimir Putin, da Rússia, apoio total e incondicional no que chamou de “frente anti-imperialista”, assegurando o triunfo contra o mal — traduza-se por EUA e aliados.
⚠️O grupo antigo será desativado. Mesmo que você já faça parte da nossa comunidade, é preciso se inscrever novamente.
Este encontro bilateral de párias e alvos de sanções internacionais é estratégico para ambos os lados.
Putin precisa de armas e munições para dar cabo da guerra que empreende há 19 meses na Ucrânia; Kim está atrás da troca tecnologia avançada de satélites e submarinos com propulsão nuclear, além de alimentos e combustível para amenizar as dificuldades impostas pelo isolamento de seu regime repressor.
O ditador norte-coreano tira proveito dessa aliança e da situação crítica em que Putin se encontra para alimentar a máquina de propaganda. Tenta dar a impressão de que está em vantagem, ao contrário da última visita, em 2019.
Dona de uma das maiores frotas de tanques do mundo, a empobrecida Coreia do Norte tem muito a oferecer à Rússia.
A cooperação bilateral reside também na violação das sanções internacionais ao país, aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU e apoiadas pela Rússia em 2017, quando Kim incrementava os testes nucleares.
Numa declaração contraditória, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a posição da Rússia sobre as sanções da ONU contra a Coreia do Norte não impede o desenvolvimento dos laços entre os dois países. O ditador Kim tenta claramente driblar as sanções para obter acesso à tecnologia militar e proteção para o seu regime.
Recentemente, ele foi fotografado em visitas a fábricas de munições do país e incentivou-as a acelerar a produção. O apelo vem ao encontro da necessidade do presidente russo de reabastecer seus arsenais com tanques e artilharia, aparentemente esgotados na campanha militar na Ucrânia.
Putin e Kim procuram se escorar mutuamente um no outro e se aliam em momento de fraqueza. Porém, desta vez, as dificuldades do russo são mais prementes em busca de uma tábua de salvação.
Vladimir Putin e Kim Jong-un se encontram na Rússia, em 13 de setembro de 2023 — Foto: Sputnik/Vladimir Smirnov via Reuters
A viagem de Kim para Rússia — Foto: g1
Todos os créditos desta notícia pertecem a
Notícias.
Por: G1
Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.
Publicar comentários (0)