Filho de imigrantes e novato na política, Ramaswamy movimentou a disputa entre os republicanos em 2023, chegando a protagonizar alguns debates entre os candidatos do partido à Presidência dos Estados Unidos.
Em pronunciamento, após o resultado em Iowa nesta segunda-feira, Ramaswamy afirmou que estava deixando a disputa pela Casa Branca e que iria apoiar Donald Trump na disputa presidencial.
“Não há caminho para eu ser o próximo presidente”, disse Ramaswamy a apoiadores.
Durante a campanha, Ramaswamy chegou a ser chamado de “novo Trump”. Ele também defendeu o ex-presidente dos Estados Unidos em diversas oportunidades.
No entanto, Trump voltou-se contra ele a poucos dias das primárias em Iowa, chamando-o de “fraude” e afirmando que um voto em Ramaswamy era um voto no “outro lado”.
De acordo com a imprensa norte-americana, com mais de 95% dos votos apurados, os resultados em Iowa eram os seguintes:
- Donald Trump: 51,0% — 20 delegados
- Ron DeSantis: 21,2% — 8 delegados
- Nikki Haley: 19,1% — 7 delegados
- Vivek Ramaswamy: 7,7% — 2 delegados
- Ryan Binkley: 0,7%
- Asa Hutchinson: 0,2%
- Outros: 0,1%
Vivek Ramaswamy entrou na política financiado por ele mesmo. Aos 38 anos, é um empresário bilionário da área de biotecnologia, e inclusive já escreveu livros sobre o assunto. Vive em uma mansão no estado de Ohio, onde nasceu e cresceu.
Seu pai era um engenheiro e advogado de patentes e foi morar nos Estados Unidos para trabalhar na General Electric. Já sua mãe era psiquiatra — apesar de ser filhos de imigrantes, ele defende a deportação de todos os que entram no país de forma irregular (leia mais abaixo).
Ele fez fortuna após abrir uma empresa de biotecnologia – o pré-candidato é formado em biologia pela universidade Harvard. No ano passado, fundou uma empresa de gestão de ativos.
Ao decidir entrar na política, ele se afiliou ao Partido Republicano e começou a adotar um discurso ultraconservador. Ao mesmo tempo, no entanto, gosta de se apresentar como um político jovem, risonho e descontraído.
Se diz amante de rap, um estilo musical com discurso geralmente associado às pautas do Partido Democrata — pelas redes sociais, circula até um vídeo no qual ele canta um rap e dança em um palco quando ele era estudante de Harvard.
No ano passado, ao ser questionado por jornalistas sobre se via ambiguidades em suas ideias e as defendidas em letras de músicas de rap, ele justificou que, assim como vários cantores do gênero, se sente um “outsider” (excluído, em uma tradução livre).
Veja alguns posicionamentos políticos de Ramaswamy:
- Aborto: Se diz contra o aborto, que já chamou de um assassinato. Mas também afirma não concordar com uma proibição do aborto no país inteiro. Sua proposta é que cada estado deveria proibir a interrupção da gravidez a partir das seis semanas de gestação.
- Mudanças climáticas: É contra qualquer política pública para amenizar as emissões de carbono dos Estados Unidos ou combater as mudanças climáticas.
- Imigração: Embora seja filho de imigrantes, Ramaswamy defende o fortalecimento das fronteiras e a deportação de qualquer imigrante que tenha entrado no país de forma ilegal.
- Direitos da população LGBTQIA+: O pré-candidato quer retirar todas as leis que concedem direitos às pessoas trans, que ele chama de uma doença mental.
VÍDEOS: mais assistidos do g1
Todos os créditos desta notícia pertecem a
G1 Mundo.
Por: G1
Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.
Publicar comentários (0)