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Refugiados afegãos recebem documentos e doação de alimentos Halal em abrigo no litoral de SP

today6 de julho de 2023 4

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Fambras doou 200 kg de proteína bovina e 120 kg de polpa de fruta com o certificado Halal, quando o processo não traz prejuízo à saúde e à segurança. Os documentos vão garantir acesso aos programas sociais do governo.


Refugiados receberam doação de produtos ‘halal’, em Praia Grande (SP) — Foto: Diego Bertozzi/g1



Os 128 refugiados afegãos abrigados em uma colônia de férias do Sindicato dos Químicos em Praia Grande, no litoral de São Paulo, receberam uma doação de 200 kg de proteína bovina e 120 kg de polpa de fruta da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras). Os produtos doados possuem o certificado Halal — respeitam as leis islâmicas.

Em nota, o Fambras explicou que os produtos Halal contam com matérias-primas, processos, mão de obra e embalagens que não trazem prejuízo à saúde e à segurança. Além da alimentação, a recomendação religiosa envolve condutas, vestimentas, finanças, medicamentos e cosméticos.

“O selo Halal é importante porque gera confiabilidade no que eles podem se alimentar”, afirmou o diretor de comunicação da Fambras, Carlos Dias, em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo.

O coordenador Geral de Política Migratória do Ministério da Justiça, Paulo Illes, informou ainda que os afegãos passam por um mutirão para regularizar os documentos. A ação começou nesta quinta (6), continuará na sexta-feira (7) e vai garantir acesso aos programas sociais do governo.

Após o mutirão, a Polícia Federal terá uma semana para analisar os documentos e comparecer ao abrigo para coletar as digitais e biometria dos afegãos. Os refugiados devem ficar um mês na cidade.

Produtos doados possuem o certificado ‘halal’, quando segue princípios do Islã na produção — Foto: Fambras/Divulgação

Acolhimento de refugiados

Paulo Illes contou que o trabalho de acolhimento feito em Praia Grande (SP) servirá de modelo para outras ações emergenciais envolvendo refugiados. “[Tivemos] uma conversa com o Sindicato [dos Químicos], parceiros e agências da ONU [Organização das Nações Unidas] para estabelecer um fluxo da gestão do abrigo”.

Então, esse abrigo, agora, é provisório, mas também é um modelo que a gente tem de como responder a situações emergenciais“, disse o coordenador.

Refugiados afegãos devem ficar um mês em Praia Grande (SP) — Foto: Matheus Croce/TV Tribuna

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