A Polícia de West Midlands, no Reino Unido, finalmente retirou as acusações contra uma mulher que foi presa em março passado pela segunda vez por “crime” de orar silenciosamente em sua mente dentro de uma zona de censura de uma clínica de aborto. Isabel Vaughan-Spruce também recebeu um pedido de desculpas do departamento de polícia pelo tempo de seis meses que a investigação levou para ser concluída.
Nesse sentido, Vaughan-Spruce, uma voluntária pró-vida e co-diretora da Marcha pela Vida do Reino Unido, recebeu um e-mail do Departamento de Polícia de West Midlands informando o motivo de terem abandonado as acusações contra ela. A polícia disse a ela que abandonou a investigação porque o “limite de procedimento” expirou em 6 de setembro.
“Não haverá mais investigação sobre o assunto alegado, e nenhuma ação adicional será tomada”, afirmou um porta-voz do departamento de polícia.
De acordo com Faith Wire, a decisão da polícia de não processar Vaughan-Spruce veio depois que a Secretária de Estado do Interior do Reino Unido, Suella Braverman, publicou uma carta aberta orientando os departamentos de polícia de todo o país a evitar a polícia politizada.
Sendo assim, a Aliança em Defesa da Liberdade do Reino Unido (ADF UK), que defendeu Vaughan-Spruce, informou que a carta de Braverman deixa claro que a oração silenciosa, por si só, não é ilegal e que “ter opiniões legais, mesmo que essas opiniões possam ofender outros, não é um crime”.
Em comunicado, Vaughan-Spruce afirmou que nunca deveria ter sido presa ou investigada simplesmente por pensamentos que teve em sua própria mente. Ela parabenizou a decisão da Polícia de West Midlands de encerrar sua investigação e seu pedido de desculpas pelo tempo que levou para fazê-lo, mas apontou que a importância de destacar as implicações prejudiciais desta experiência.
“O que aconteceu comigo sinaliza para os outros que eles também poderiam ser presos, interrogados, investigados e potencialmente processados se fossem pegos exercendo sua liberdade básica de pensamento. Agora que as autoridades concordaram duas vezes que a oração silenciosa não é um crime (…) estou grata por retomar minha prática de orar silenciosamente pelas mulheres”, concluiu ela.
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