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Em cerca de 24 horas, o Grupo Wagner – uma organização russa de mercenários que luta na guerra da Ucrânia ao lado das tropas de Moscou – disse ter sido bombardeado por mísseis russos, organizou uma rebelião, tomou o controle de uma cidade e esteve a ponto provocar um conflito em Moscou.
As tensões entre o Grupo Wagner e o Kremlin não são novas – desde o ano passado, Prigozhin já vem criticando Moscou e mostrando sua insatisfação com aspectos como a falta do envio de armas e equipamentos para suas tropas, que lutam em várias frentes de batalha da Ucrânia ao lado da Rússia.
Mas os desdobramentos das últimas horas fizeram a tensão escalar e chegar muito perto de um conflito direto entre as duas tropas em plena capital russa.
Soldados do Grupo Wagner posicionado em Rostov-on-Don, na Rússia — Foto: REUTERS/Stringer
Veja a seguir uma cronologia com os principais episódios da rebelião (o fuso horário usado como referência é o do Brasil):
Depois de meses de cobranças e críticas ao Ministério da Defesa russo, Prigozhin decide subir o tom e chama a versão do Kremlin para a guerra na Ucrânia de “mentiras inventadas”. Acusa o ministro da pasta, Serguei Shoigu, de ter ludibriado Putin para a guerra.
“O Ministério da Defesa está tentando enganar a sociedade e o presidente e nos contar uma história sobre como houve uma agressão louca da Ucrânia e que eles planejavam nos atacar com toda a Otan (…) A guerra era necessária … para que Shoigu pudesse obter uma segunda medalha (…) A guerra não era necessária para desmilitarizar ou desnazificar a Ucrânia (o principal argumento de Putin à época da invasão.”
Cerca de cinco horas depois da dura declaração, o líder do Grupo Wagner volta a emitir um comunicado no qual acusa o Ministério de Defesa da Rússia de haver bombardeado com mísseis bases de sua organização na Ucrânia, matando vários combatentes. Ele promete retaliação.
Ele afirma que seus homens vão “destruir qualquer um que ficar no caminho”.
Em Rostov, os mercenários ocupam a sede das Forças Armadas e afirmam ter tomado a cidade. Eles dizem também haver derrubado um helicóptero russo.
O Kremlin não confirma, mas a segurança em Moscou é reforçada.
O FSB, o serviço de segurança russo, anuncia ter aberto um processo criminal contra Prigozhin por motim.
Praça Vermelha é fechada em meio ao motim do Grupo Wagner neste sábado, dia 24 de junho de 2023 — Foto: Maxim Shemetov/Reuters
Prigozhin pede um encontro com o ministro da Defesa e com o chefe das Forças Armadas da Rússia e diz que, caso contrário, suas tropas entrarão na capital russa.
Putin chama rebelião de mercenários de ‘facada nas costas’ e promete punir traidores
Prigozhin retruca, diz que não pretende fazer um golpe, mas lutar por Justiça. Ele diz que suas tropas chegaram a uma distância de 200 quilômetros de Moscou, já fortemente blindada.
Diante das tensões, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, um forte aliado de Putin, afirma ter intermediado uma negociação entre os dois lados, e que as partes chegaram a um acordo.
Pouco depois, Prigozhin, em uma mensagem de áudio, afirma que vai recuar e que ordenou a retirada de suas tropas perto de Moscou. Ele não confirma a negociação anunciada por Lukashenko mas diz querer evitar um “banho de sangue” na capital russa.
O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, deixa a cidade de Rostov depois de acordo com o governo russo para conter rebelião, em 24 de junho de 2023. — Foto: Alexander Ermochenko/ Reuters
Prigozhin é visto deixando Rostov em um carro, acompanhado de outros militares.
Tanques e tropas do Grupo Wagner deixam por completo a cidade do sul da Rússia, retornando para suas bases na Ucrânia, e ruas de Moscou são desbloqueadas.
Combatentes do Grupo Wagner após fim do motim contra as forças russas — Foto: Stringer/Reuters
Por: G1
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