O número de pessoas que entram na Inglaterra através do Canal da Mancha mais do que dobrou nos últimos dois anos, com dados do governo mostrando que os albaneses representam o maior número de pessoas que chegam por essa rota.
O primeiro-ministro, Rishi Sunak, é filho de pais imigrantes —eles eram de origem indiana, mas nasceram no sudeste da África.
Rishi Sunak diante do número 10 da Downing Street, durante seu primeiro discurso como premiê britânico — Foto: Frank Augstein/AP
Sunak anunciou uma nova estratégia de cinco pontos para lidar com a imigração ilegal, incluindo planos para acelerar o retorno de requerentes de asilo albaneses e zerar o acúmulo inicial de quase 150 mil casos de asilo até o final do próximo ano, dobrando o número de assistentes sociais.
“Se você entrar no Reino Unido ilegalmente, não poderá permanecer aqui”, disse Sunak ao Parlamento. “Em vez disso, você será detido e rapidamente devolvido ao seu país de origem ou a um país seguro onde seu pedido de asilo será considerado.”
A imigração ilegal se tornou uma questão política importante para o governo do Partido Conservador, principalmente nas áreas da classe operária no norte e no centro da Inglaterra, onde os imigrantes são acusados de tornas mais difícil se conseguir um emprego e sobrecarregar os serviços públicos.
Sunak disse que uma nova unidade será criada para lidar com as travessias e que, no futuro, os imigrantes serão alojados em parques recreativos abandonados, antigas acomodações estudantis e instalações militares excedentes, em vez de hotéis.
Sucessivos governos britânicos prometeram impedir a chegada das embarcações. Apesar disso, um recorde de 44.867 pessoas cruzaram o Canal da Mancha em pequenos barcos para entrar no Reino Unido este ano.
Preocupações com o nível de imigração foram a força motriz da votação pela saída do Reino Unido da União Europeia em um referendo de 2016, com apoiadores pedindo que o país “recupere o controle” de suas fronteiras.
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Por: G1
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