O g1 apurou que, na denúncia, a mulher albanesa citou Robinho e mais cinco homens, são eles: Ricardo Falco, Rudney Gomes, Clayton Santos, Alexsandro da Silva e Fabio Galan.
No processo de Robinho, obtido pelo g1, a justiça italiana considerou que, depois de terem “assistido ao que estava acontecendo” entre o ex-jogador e a mulher, os homens “abusaram analogamente [igualmente] da pessoa lesada, obrigada a relações orais e vaginais para com eles”.
As defesas dos cinco homens mencionados acima não foram localizadas até a última atualização desta reportagem.
Além de Robinho, a justiça italiana também condenou Ricardo Falco, amigo do ex-jogador, a nove anos de prisão pelo crime. As condenações dos dois foram determinadas em terceira e última instância, ou seja, sem nova possibilidade de recurso.
Ao contrário de Robinho, porém, a justiça brasileira ainda não determinou se Falco deve cumprir a pena no Brasil. Não há informações sobre uma data para este julgamento.
Rudney Gomes, Clayton Santos, Alexsandro da Silva e Fabio Galan, os demais citados na denúncia, porém, não foram condenados pela justiça italiana. Segundo o documento, eles não foram localizados.
O g1 apurou junto a um advogado que, em situações em que os acusados não são localizados pela Justiça, os processos são ‘suspensos’, sendo retomados quando os mesmos são notificados e, então, têm a possibilidade de se defender.
O ex-jogador ficou 10 dias sozinho em uma cela de 8m² para adaptação e realização de avaliações necessárias pela equipe da penitenciária. Depois deste período, ou seja, desde o último dia 31 de março, ele passou a dividir com outro detendo uma cela comum de 2×4 metros de dimensão.
Agora, de acordo com Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o ex-jogador poderá participar de partidas de futebol, além de oficinas de teatro, aulas de inglês, ações religiosas, ensaios musicais e sessões de filmes seguidas de comentários.
Robinho está preso na Penitenciária de Tremembé (SP) — Foto: TV Globo/Reprodução
O advogado José Eduardo Alckmin afirmou ao g1 que Robinho está bem e vivendo a rotina do presídio. Ele não teve contato com o ex-atleta desde a prisão. As informações sobre a situação na penitenciária são passadas pela esposa do ex-jogador à defesa.
“Claro que ele preferia estar solto e vivendo a vida dele. Mas, dentro do possível, ele está bem”, afirmou o advogado.
Com o fim do período de isolamento, o ex-jogador poderá trabalhar dentro da penitenciária, conforme critérios — não especificados pela SAP — do Centro de Trabalho e Educação da unidade, além de receber visitas da família.
Em nota, a SAP explicou à equipe de reportagem que Robinho será chamado para indicar de quais familiares quer receber visitas. Em seguida, as pessoas escolhidas poderão encaminhar a documentação necessária para confecção da carteirinha de visitante.
Robinho durante audiência de custódia em Santos (SP) — Foto: Jornal Nacional/Reprodução
Com a documentação de acordo com as exigências do Regime Interno Padrão da SAP, o ex-jogador poderá receber os familiares na penitenciária aos finais de semana.
A penitenciária, onde Robinho cumpre pena, é conhecida como ‘presídio dos famosos’. No local, há detentos de outros casos de repercussão, como:
- Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella
- Cristian Cravinhos, preso pelo assassinato do casal Richthofen
- Lindemberg Alves, que matou Eloá Pimentel
- Gil Rugai, condenado pela morte do pai e da madrasta.
O local já recebeu também Mizael Bispo, que cumpriu pena por matar Mércia Nakashima, e Edinho, o filho de Pelé.
Conheça a P2 de Tremembé, para onde Robinho foi transferido em SP; local é chamado de ‘presídio dos famosos’. — Foto: Arte/g1
O crime de violência sexual coletiva ocorreu em 2013, quando Robinho era um dos principais jogadores do Milan, clube de Milão, na Itália. Nove anos após o caso, em 19 de janeiro de 2022, a justiça daquele país o condenou em última instância a cumprir a pena estabelecida.
Robinho foi condenado após ter estuprado junto com outros cinco homens uma mulher albanesa em uma boate em Milão. A vítima, inclusive, estava inconsciente devido ao grande consumo de álcool. Os condenados alegam que a relação foi consensual.
VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos
Publicar comentários (0)