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Diferentemente do Porto de Baltimore, nos EUA, onde um cargueiro bateu na coluna de uma ponte e a fez colapsar, matando duas pessoas e deixando quatro desaparecidas (veja ao final). Em Santos, não há estruturas semelhantes no trajeto navegado pelas embarcações.
“Mais uma vez se comprova o acerto da decisão em favor do túnel e contra a ponte. Ponte é sempre um obstáculo, é sempre um perigo, porque nem sempre os navios vão estar funcionando normalmente”, disse Carlo Alberto Alberto de Souza Filho, que é prático [auxilia nas manobras dos navios] e comandante da reserva da Marinha de Guerra.
Vista de Vicente de Carvalho, distrito de Guarujá (SP), que está na margem esquerda do Porto de Santos — Foto: A Tribuna Jornal
Souza Filho ressaltou que o Porto de Santos não só é estreito e cheio de curvas, como tem grande movimentação de navios e embarcações menores, o que eleva a atenção do comandante da embarcação e dos práticos.
“Temos uma média de 35 manobras por dia e o nosso recorde é 61 manobras em 24h. É um porto muito movimentado e requer um gerenciamento de risco e uma coordenação de manobras muito grande”, disse.
No cais santista, todas as manobras de embarcações devem contar com o trabalho do prático, que já conhece o canal, as variações marítimas e auxilia na navegação das embarcações, seja na atracação ou partida dos navios.
De acordo com Souza Filho, no complexo portuário Santista, a Marinha estabelece que os navios sejam acompanhados de rebocadores durante o trajeto. Essas embarcações de menor porte, mas, segundo ele, com muita força, ajudam a corrigir rotas, nas manobras e em eventuais falhas, empurrando e puxando os navios.
Rebocadores amarelos aparecem ao lado de um navio no cais santista — Foto: Santos Port Authority
Souza Filho contou que essas embarcações são contratadas pelas armadoras dos navios [empresas responsáveis], mas, uma vez no complexo portuário santista, é o prático quem dá as orientações aos pilotos delas para os ajustes na rota.
Ele contou que no caso de Baltimore, nos EUA, rebocadores também foram usados, mas para manobrar o navio do ponto onde estava atracado e deixá-lo em uma linha reta. Perto da ponte foi que ele perdeu o propulsor, o controle e acabou batendo na coluna.
Em Santos, as embarcações navegam tendo a companhia de comunidades e terminais nas margens esquerda (lado de Guarujá) e direita (Santos). As maiores ultrapassam 300 metros de comprimento e 40 de largura. O complexo portuário já recebeu navio de 366 metros por 48, o que eleva o nível de dificuldade.
Comunidades ficam tão perto do canal do Porto de Santos que, em alguns momentos, os navios parecem invadir as cidades — Foto: Katia Tomimoto
Durante todo o trajeto no canal vão acompanhadas do rebocador, que só deixa os navios passando o Forte da Barra. Ele citou que as medidas visam garantir a segurança, seja evitando o danos graves ou minimizar os riscos, uma vez que problemas acontecem.
“É mais comum do que se imagina a gente ter falha de máquina (nas embarcações). Aqui em Santos, os quase acidentes acontecem a toda hora. É que só aparece quando viram acidente. Aqueles que a gente consegue evitar, aqueles que a gente contorna não aparecem, não são notícia”, disse ele, que já teve que lidar com duas falhas de máquinas no canal do porto e administrou a situação.
Hoje, segundo Souza Filho, a navegação no Porto de Santos é bem cuidada. “As medidas de segurança, as exigências de nível de treinamento dos práticos, as exigências de qualidade dos rebocadores, elas são adequadas a manter um nível de risco controlado no Porto de Santos”.
“O risco existe, o nível de dificuldade é grande, mas as medidas preventivas determinadas pela Marinha, assim como os treinamentos e procedimentos dos práticos, são adequados para manter esse nível de risco controlado”, reforçou.
Navio começou a desviar dois minutos antes de impacto
A tripulação do porta-contêiner Dali, que colidiu contra uma ponte em Baltimore, nos EUA, na terça-feira (26), avisou as autoridades portuárias que havia perdido o controle do navio e que os propulsores não estavam funcionando, segundo o governador de Maryland, Wes Moore. O navio com bandeira de Singapura havia acabado de sair do porto de Baltimore e iria ao Sri Lanka.
Com a batida, a ponte Francis Scott Key foi derrubada. Segundo o governador, a tripulação teve tempo de emitir um alerta de “Mayday”, que indica emergência, antes do acidente, dando tempo às autoridades de bloquear parcialmente o tráfego na ponte. Duas pessoas morreram em quatro estão desaparecidas.
Ponte desmorona após ser atingida por navio nos EUA
O navio cargueiro Dali passou por “manutenção de rotina do motor” no porto de Baltimore antes de bater na ponte, disse a Guarda Costeira dos EUA na quarta-feira (27). Minutos antes do choque com a ponte, o comandante do navio reportou às autoridades que havia perdido o controle do navio.
O cargueiro que bateu na ponte, o Dali, tinha 23 pessoas no momento do acidente. O navio tinha 56 contêineres de materiais tóxicos, e uma parte vazou depois da queda da ponte.
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Inaugurada em 1977, a ponte tinha quase 3 quilômetros de extensão e quatro pistas, que ficavam cerca de 55 metros acima das águas. A estrutura também contava com uma ponte elevadiça que dava acesso ao porto de Baltimore.
A ponte foi batizada com o nome do autor do poema que deu origem ao hino dos Estados Unidos. Segundo estudiosos, Francis Scott Key escreveu os versos após presenciar o bombardeio do Forte McHenry, em 1814, na região de Baltimore.
Mapa mostra a localização da ponte Francis Scott Key, em Baltimore — Foto: Editoria de arte/g1
Por: G1
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