Aproximadamente 30 funcionários denunciaram o casal ao Seeglag. Os abusos acontecem há dois anos, desde que o homem foi nomeado síndico do prédio, de acordo com o relato de uma colaboradora do condomínio à TV Tribuna, emissora afiliada à Rede Globo. Em nota, o homem refutou todas as acusações (veja o posicionamento completo no fim da matéria).
Segundo a advogada do Seeglag, Carla Costa da Silva, o MPT-SP foi acionado após a coleta de depoimentos dos trabalhadores do flat, que fica no Centro da cidade. “Ingressamos com uma denúncia pedindo a apuração de todos os fatos e também a responsabilização do condomínio“, explicou. “É um absurdo que eles trabalhem sob pressão psicológica”.
Mais de 30 funcionários acusam síndico e esposa de crimes no condomínio — Foto: Reprodução/TV Tribuna
O presidente do Seeglag, Everaldo Alves da Silva, revelou ter tomado conhecimento sobre as acusações a partir de uma denúncia anônima. Ele ressaltou que o sindicato teve dificuldades para conversar com os funcionários, uma vez que, em um primeiro momento, o síndico não deixava os colaboradores falarem na ausência dele.
“Isso é proibido. O trabalhador jamais vai falar alguma coisa que esteja passando na frente do patrão”, explicou.
A auxiliar de lavanderia Nathalia Pereira trabalha há quatro anos no condomínio, mas ressaltou que é alvo de injúria racial desde que o síndico e a esposa ‘assumiram’ o local, há dois anos. “Sofri com falas racistas da mulher do síndico. Ela ficava no meu setor e, em momentos aleatórios, relatava o tempo da escravidão para uma pessoa preta. Isso me trazia muita dor”.
“Houve muita humilhação, e sempre por causa da minha cor”, desabafou Nathalia.
A mulher afirmou ter passado por crises de ansiedade após um episódio ‘marcante’ com a esposa do síndico, que a levou a denunciar o caso em uma delegacia na cidade. “Eu a ajudava na arrumação da roupa de outra funcionária e ela disse que [o trabalho] estava malfeito, que era um serviço de preto“.
A vítima descreveu, também, o conflito interno que passou até denunciar a situação. “Foi muito difícil dar o primeiro passo e ir até a delegacia. Não conseguiria sozinha, precisei ter o apoio deles [os funcionários] e dos proprietários [moradores]. Relutei a falar sobre isso porque me levava para um lugar muito dolorido e não queria voltar para lá“.
Em nota, o acusado informou que “tomou conhecimento dos fatos apenas na sexta-feira (19)”, com uma movimentação de funcionários na frente do condomínio.
Ele acrescentou que, até a última segunda-feira (22), não havia sido notificado, além de que irá nas “esferas competentes apresentar a defesa cabível”. Por fim, ele disse refutar todas as acusações.
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