O caso aconteceu na noite de quinta-feira (14), na Rua Aurélio Batista Félix, no bairro Alemoa. Conforme o boletim de ocorrência, obtido pelo g1, os policiais verificavam uma denúncia de tráfico de drogas na Vila dos Criadores, quando notaram movimentação em um matagal e resolveram checar a situação.
Ao se aproximarem da área, os agentes foram recebidos a tiros e revidaram a ação efetuando disparos e atingindo dois suspeitos. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou os óbitos no local.
Com os suspeitos, foram encontradas e apreendidas duas pistolas, porções de maconha, cocaína e crack, além de uma balança de precisão e uma quantia em dinheiro.
Segundo a Polícia Militar (PM), os agentes envolvidos na ocorrência são da Companhia de Ações Especiais de Polícia (Caep) e não ficaram feridos.
A perícia foi acionada ao local, as armas envolvidas no confronto foram apreendidas e o caso foi registrado como tentativa de homicídio e morte decorrente de intervenção policial na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos.
Em nota, a SSP-SP informou que todos os casos de mortes em confronto são rigorosamente investigados pelas polícias Civil e Militar, com acompanhamento do Ministério Público e Poder Judiciário.
A pasta também informou que a 3ª fase da Operação Verão permanece em andamento por tempo indeterminado. Desde o início da 1ª fase da ação, em 18 de dezembro, 921 criminosos foram presos, incluindo 361 procurados pela Justiça, e 682,1 quilos de drogas foram retiradas das ruas. Além disso, 97 armas ilegais, incluindo fuzis de uso restrito, foram recolhidos.
A 3ª fase da Operação Verão permanece em andamento por tempo indeterminado. Já foram registradas 47 mortes de suspeitos (veja a tabela abaixo).
Mortes de suspeitos
Cidade |
Número de mortos |
Santos |
22 |
São Vicente |
16 |
Guarujá |
5 |
Cubatão |
2 |
Itanhaém |
2 |
A Ouvidoria da Polícia de São Paulo e as entidades de segurança pública e proteção de direitos humanos também entregaram à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado um relatório com irregularidades nas abordagens de policiais durante a Operação Verão na Baixada Santista.
Além das denúncias, o documento conta com uma série de recomendações aos órgãos públicos para que cessem as violações de direitos humanos praticadas pela polícia.
Na manhã deste sábado (9), uma manifestação a favor da Operação Verão reuniu moradores, representantes de associações, policiais militares e deputados estaduais, que integram a chamada ‘Bancada da Bala’. O ato ocorreu na Praça das Bandeiras, na orla da praia do Gonzaga, em Santos.
Policiais militares Marcelo Augusto da Silva, Samuel Wesley Cosmo e José Silveira dos Santos, mortos na Baixada Santista (SP) — Foto: Reprodução/Redes Sociais e g1 Santos
No dia 26 de janeiro, o policial militar Marcelo Augusto da Silva foi morto na rodovia dos Imigrantes, na altura de Cubatão. Ele foi baleado enquanto voltava para casa de moto. Uma grande quantidade de munições estava espalhada na rodovia. O armamento de Marcelo, no entanto, não foi encontrado.
Segundo a Polícia Civil, Marcelo foi atingido por um disparo na cabeça e dois no abdômen. Ele integrava o 38º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) de São Paulo, mas fazia parte do reforço da Operação Verão em Praia Grande (SP).
No dia 2 de fevereiro, o policial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Samuel Wesley Cosmo morreu durante patrulhamento de rotina na Praça José Lamacchia. O agente chegou a ser socorrido para a Santa Casa de Santos (SP), mas morreu na unidade.
Uma gravação de câmera corporal obtida pelo g1 mostra o momento em que o soldado da Rota foi baleado no rosto durante um patrulhamento no bairro Bom Retiro (assista no topo da reportagem).
Cinco dias depois, o cabo PM José Silveira dos Santos, do 2⁰ Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), morreu ao ser baleado durante patrulhamento no bairro Jardim São Manoel, em Santos. Na ocasião, outro policial militar foi baleado e internado – ele recebeu alta médica no dia 21.
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