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Érika disse que os avós e a mãe moram em um prédio próximo à orla e que eles desceram apenas para ver a queima de fogos e que retornariam ao apartamento logo em seguida. “Faltando 15 minutos mais ou menos a gente resolveu descer. Lembro que insisti muito para a minha irmã, que tem sete anos, ir comigo, [mas] decidiu que não queria ir de última hora, então minha mãe, meu padrasto [e ela] ficaram no hall do prédio”.
Ela, a esposa, o tio e os avós desceram, mas ficaram mais afastados, pois ficaram com receio de ter arrastão. “Já tinha esse pessoal que estava soltando fogos na areia, só que a gente estava bem afastado. A gente acabou nem se preocupando, nunca passou na cabeça que isso ia acontecer“.
“Lembro de ter falado ‘ainda faltam 10 minutos’ e aí aconteceu. Só lembro de ter visto algo vindo muito rápido, bateu na minha barriga, coloquei a mão na frente e, naquele momento, fiquei paralisada. Todo mundo falando em volta, mas não conseguia reagir. Uma moça parou e falou que minha calça estava pegando fogo, a gente apagou. Só lembro de chorar muito“, contou.
Pedagoga ficou com a barriga ferida após ter sido atingida por fogos de artifício, na noite do último sábado (31), em Praia Grande — Foto: Arquivo Pessoal
Segundo a pedagoga, o avô falou para ela se acalmar, mas ela pediu pra ir embora. “Aí ele me levou, vi que meu tio tinha cortado a perna, minha esposa também na coxa. Ela falou que um cara falou que a roupa dela estava pegando fogo, ele apagou e a roupa ficou toda queimada, cheia de furos. Minha avó estava bem assustada também, ficou sem ouvir de um lado e vai ter que voltar no médico”.
“O meu [ferimento] foi na barriga, um impacto muito forte, [ficou] roxa e a minha mão queimou, mas graças a Deus não foi nada muito grave. O físico está bem tranquilo, os dois que tiveram cortes estão fazendo tratamento, passando o que precisa e tomando medicação. Fica mais o dano psicológico, medo, parte do arrependimento de ter descido. Quando estava voltando do hospital vi a notícia da moça que morreu e aí bateu aquele ‘meu Deus, poderia ter sido pior'”, disse.
Ela contou que ela e a família não viram nada da queima de fogos. “Quando começou a gente estava no apartamento, a gente se abraçou, meu tio tentou acalmar a gente. Ele conseguiu tirar o carro da garagem e fomos direto para o hospital. A gente não viu fogos nenhum, não viu mais nada, só se enfiou no carro e foi embora”.
“Depois que vimos o caso da outra moça [que morreu] ficamos muito nervoso com a questão de que poderia ter sido muito pior. A gente não viu o rosto [de quem soltou], não sabe diretamente quem é e se eles viram. Acredito que não serão localizados, tinham muitas pessoas”, disse.
Pedagoga sofreu queimadura na mão e a esposa dela teve ferimento causado pelo fogo de artifício na coxa — Foto: Arquivo Pessoal
A pedagoga disse, ainda, que mesmo com a proibição no município muitos estabelecimentos comercializam os produtos. “Não tem fiscalização, é de fácil acesso, muita gente na rua soltando. Os policiais, os guardas deveriam ir nessas pessoas que estão soltando, pois não estão só com uma. Tem a lei, mas não acontece nada”.
“Com certeza será algo que eu não farei novamente. Eu nunca mais quero ir de novo correr esse risco”, finalizou.
Em nota, a Prefeitura de Praia Grande informou que foram realizadas forças-tarefas na noite da virada do ano por equipes das Secretarias de Urbanismo, Segurança Pública, Trânsito e Meio Ambiente para coibir a comercialização e utilização de fogos de artifício na cidade, mas que não ocorreu autuação ou apreensão relacionada à atividade.
A administração ressaltou, ainda, que, de acordo com a Lei Municipal n° 744, de outubro de 1991, é proibido a venda e comercialização de fogos de artifício no município, e que conta com o apoio da população para que não utilize este tipo de produto, que coloca em risco a vida das pessoas.
Três pessoas da mesma família ficam feridas após serem atingidas por fogos de artifício na festa de Réveillon em Praia Grande — Foto: Arquivo Pessoal
Uma mulher de 38 anos morreu após um rojão ficar preso no corpo dela e explodir logo após a virada do ano na faixa de areia do bairro Nova Mirim, também em Praia Grande. Um primo da vítima que não teve a identidade divulgada disse à polícia que, durante a queima de fogos, um rojão atingiu Elisângela, se prendeu no vestido dela e, antes que os familiares conseguissem retirá-lo, explodiu. Os fogos não eram da família.
A gravação inicial (veja abaixo) enviada ao g1 por um morador que estava na praia mostra a queima de fogos e pessoas comemorando o réveillon. Na filmagem, é possível ouvir um estouro e, na sequência, a explosão de faíscas.
Elisângela Tinem morreu após ser atingida por rojão na Praia Grande — Foto: Reprodução/Facebook
Além da PM, o Samu também atendeu o caso. De acordo com a Prefeitura de Praia Grande, o serviço foi acionado para socorrer uma vítima de queimadura e explosão ocasionada por fogos de artifícios.
Os profissionais identificaram que a mulher havia sido atingida pelo artefato na região do tórax. Ela teve a morte constatada no local.
A ocorrência foi registrada como homicídio e lesão corporal culposa na Central de Polícia Judiciária de Praia Grande (CPJ). O caso foi encaminhado ao 1º DP da cidade, que tenta identificar e encontrar o autor do crime.
Mulher morre ao ser atingida por fogos de artifício em Praia Grande
Por: G1
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