O encontro desta semana funciona como uma espécie de preparação para a Cúpula do G20, que está marcada para novembro, no Rio. Enquanto isso, o grupo foca em duas frentes de trabalho: a Trilha de Sherpas e a Trilha de Finanças.
A Trilha de Sherpas possui 15 grupos de trabalho e é supervisionada por emissários pessoais dos líderes do G20. Esses emissários acompanham as negociações entre os países, coordenam a maior parte dos trabalhos e discutem as principais pautas da agenda do grupo.
O nome “Sherpas” é uma referência à etnia dos xerpas, que vive no alto do Himalaia, no Nepal. Os xerpas ajudam a guiar alpinistas que desejam chegar ao topo do Monte Everest. No caso do G20, os “Sherpas” são os líderes de cada país.
Já a Trilha de Finanças trata de assuntos macroeconômicos e é comandada por membros dos ministérios da Economia e presidentes dos bancos centrais dos países que integram o bloco. A trilha tem sete grupos de trabalho.
O Grupo dos 20, ou G20, é uma organização que reúne ministros da Economia e presidentes dos bancos centrais de 19 países e de dois órgãos regionais, União Europeia e a União Africana.
Juntas, as nações do G20 representam cerca de 85% de toda a economia global, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população mundial.
O G20 conta com presidências rotativas anuais. O Brasil é o atual presidente do grupo, tomou posse em 1º de dezembro de 2023 e fica no comando até 30 de novembro de 2024. Durante esse período, o país deve organizar 100 reuniões oficiais.
A principal delas será a Cúpula do G20 do Brasil, programada para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
Depois de cada Cúpula, o grupo publica um comunicado conjunto com conclusões, mas os países não têm obrigação de contemplá-las em suas legislações. Além disso, os encontros separados de autoridades de dois países são uma parte importante dos eventos.
O G20 é formado pelos seguintes países:
Presidente Lula na cúpula do G20, em Nova Délhi, na Índia — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
O G20 surgiu em 1999, após uma série de crises econômicas mundiais na década de 1990. A ideia era reunir os líderes para discutir os desafios globais econômicos, políticos e de saúde.
Naquele momento, falava-se muito em globalização e na importância de uma certa proximidade para poder resolver problemas. O G20 é, na verdade, uma criação do G7, que é o grupo de países democráticos e industrializados, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e União Europeia.
O primeiro encontro de líderes do G20 aconteceu em 2008. A cada ano, um dos 19 países-membros organiza o evento.
Durante o encontro desta semana, o Brasil submeterá três temas para discussão:
- Inclusão social e combate à fome;
- Transição energética e desenvolvimento sustentável;
- Reforma das instituições de governança global e organizações multilaterais.
Os temas seguem a pauta que o presidente Lula havia adiantado durante a cerimônia de encerramento da última Cúpula do G20, em Nova Délhi, na Índia, em setembro de 2023.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, veio ao Brasil para o G20 e vai se encontrar com o presidente Lula.
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