“Desde sexta-feira (8) realizamos uma nova edição da Operação Escudo como pronta resposta aos ataques sofridos aos policiais militares na Baixada Santista. A ação visa a identificação dos criminosos envolvidos, bem como enfrentamento ao crime organizado de forma implacável”, diz um tuíte da PM de segunda-feira (9).
Em nota, a SSP afirma que a Operação Escudo ocorre quando policiais são hostilizados.
“A Secretaria da Segurança Pública esclarece que a Operação Escudo é realizada desde janeiro em ocorrências em que policiais são hostilizados, a exemplo dos casos ocorridos em São Vicente, desde a última sexta-feira. As novas ações terão como objetivo a prisão dos criminosos envolvidos nestes casos, e é uma ação distinta da última, a qual já foi encerrada no último dia 5.
O policiamento na região segue intensificado por meio da Operação Impacto. Até o início da Operação Verão, haverá reforço no patrulhamento e continuidade nas ações desencadeadas pelas forças de segurança do estado. Além do efetivo do 2º Batalhão de Ações Especiais (Baep), a região contará com apoio do policiamento do Comando de Choque da capital paulista, além do remanejamento das vagas da Dejem (Diária Especial Extraordinária de Trabalho Policial Militar) e da PM Ambiental para suprir e manter a segurança para a população da Baixada Santista.”
Operação após morte de policial da Rota
No último dia 5, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou o fim da Operação Escudo, deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) após o assassinato do soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Patrick Bastos Reis na Baixada Santista.
Nos 40 dias de ação, segundo o balanço divulgado pelo secretário Guilherme Derrite, 958 pessoas foram presas e 28 indivíduos morreram em supostos confrontos com policiais. Desde o início da ação, instituições e autoridades que defendem os direitos humanos pediam o fim da operação.
Um deles foi o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), que reuniu ao menos 11 relatos de violações dos direitos humanos durante a Operação Escudo. Com isso, o conselho recomendou ao governo paulista que encerrasse a operação e apresente, em até 20 dias a partir de 1º de setembro, esclarecimentos sobre as circunstâncias das mortes em decorrência da intervenção policial.
Na segunda (4), a Defensoria Pública de São Paulo e a ONG Conectas Direitos Humanos entraram com uma ação civil pública com pedido de tutela antecipada para que a Justiça obrigue o governo paulista a instalar câmeras corporais nos policiais militares e civis que atuam na Operação Escudo.
Segundo o órgão, no caso de impossibilidade de atendimento, que “a operação seja imediatamente suspensa, sob pena de aplicação de multa diária”.
Na coletiva, Derrite afirmou não ter sido notificado formalmente sobre o pedido. “Não tomei conhecimento formal de nenhum pedido, recomendação ou ação da Defensoria Pública. O órgão externo que faz a fiscalização das polícias é o MP [Ministério Público].”
Mesmo depois da prisão de três suspeitos pela morte do soldado, o governador Tarcísio anunciou que a operação continuaria por pelo menos um mês. Em 28 de agosto, a SSP chegou a informar que a operação não tinha prazo para terminar.
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G1 Santos.
Por: G1
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