Um alpinista malaio sobreviveu por pouco depois que foi resgatado por um guia que conduzia outro cliente ao cume do Monte Everest, afirmaram as autoridades do Nepal na quarta-feira (31). O salvamento ocorreu na chamada “zona da morte”, situada a mais de 8 mil metros de altitude, onde as temperaturas podem chegar 30 graus negativos.
Em 18 de maio, Gelje Sherpa, de 30 anos, guiava outro cliente até o cume do Everest, a 8.849 metros do nível do mar, quando viu o alpinista malaio agarrado a uma corda e tremendo de frio.
“Tomei a decisão de cancelar a subida ao cume de nosso cliente para poder levar [o outro alpinista] para um local seguro antes que ele morresse lá em cima sozinho”, escreveu o guia em uma postagem no Instagram.
Sozinho, Gelje carregou o alpinista por uma descida de 600 metros até encontrar outro guia que o ajudou no resgate.
“Levei de cinco a seis horas para passar de 8.500 [metros acima do nível do mar] para 7.900. Foi muito difícil”, afirmou ele em entrevista à Reuters.
A dupla recebeu o auxílio de um helicóptero quando chegou a marca de 7.162 metros, e o alpinista foi levado para o acampamento base do Everest.
O resgate foi registrado em vídeo e compartilhado nas redes sociais.
“É quase impossível resgatar alpinistas nessa altitude”, disse Bigyan Koirala, funcionário do Departamento de Turismo, à Reuters. “É uma operação muito rara.”
Tashi Lakhpa Sherpa, da empresa Seven Summit Treks, que forneceu logística para o alpinista malaio, se recusou a identificá-lo, citando a privacidade de seu cliente. O alpinista foi colocado em um voo para a Malásia na semana passada.
O Nepal emitiu um recorde de 478 licenças para o Everest durante a temporada de escalada de março a maio deste ano. Pelo menos 12 alpinistas morreram desde então — o número mais alto em oito anos—, e outros cinco ainda estão desaparecidos nas encostas do Everest.
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Por: G1
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