“Ouvimos eles chorando e eu disse ao meu colega que as crianças estavam lá. Ele correu para que as crianças vissem que estávamos procurando por eles. Quando as crianças viram que éramos humanos, continuaram chorando e correram para ele”, disse Edwin Manchola, um dos guardas indígenas.
Nicolas Ordonez, outro indígena que participou das buscas, correu em direção às crianças. “No primeiro momento em que os encontramos, eu disse a eles: ‘Somos uma família, viemos em nome de seu pai, avó, tios, somos uma família’, afirmou.
“Depois de abraçá-las [as meninas], dando-lhes calor humano, nos aproximamos do menino, que estava deitado. Ele se levantou e disse muito conscientemente: ‘Minha mãe morreu'”, afirmou Ordonez. “Imediatamente mudamos a narrativa para uma mais otimista: ‘Mas sua avó está procurando por você. Seu pai e seu tio estão aqui.’ Foi quando ele disse: ‘Eu quero farinha com chouriço’.”
As crianças, de 1 a 13 anos, sobreviveram a um acidente de avião em 1º de maio que matou sua mãe e outros dois adultos e foram encontradas na sexta-feira (9) na província de Caquetá após semanas de buscas por militares e comunidades indígenas.
O avô dos jovens, Narciso Mucutuy, contou que os netos foram encontrados debilitados. Segundo ele, a irmã mais velha alimentou a menor, de pouco em pouco, com o conteúdo de uma mamadeira. “Depois disso, foi só água”, disse.
“A menina [mais velha] tinha diarreia toda hora porque [o cocô dela] não endurecia, era só água. Quando foram encontrados, anteontem, ela disse que não conseguia mais andar. Ela estava muito cansada”, afirmou Mucutuy. “Todos eles estavam no mesmo lugar, sentados e com a menininha entre as pernas quando foram encontrados.”
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Por: G1
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