A China demitiu nesta terça-feira (25) o ministro das Relações Exteriores, Qin Gang, após ele ficar um mês sem aparecer em público, informou a emissora estatal CCTV. O motivo para a remoção de Qin do cargo, que ele ocupava desde dezembro de 2022, não foi informada.
Qin será substituído por seu antecessor, Wang Yi, em um movimento que já alimentou rumores sobre a vida pessoal do chanceler demitido e de rivalidades políticas da elite do Partido Comunista da China. A troca ocorre em meio a uma reação contra a política externa da China, cada vez mais agressiva e da qual Qin foi um dos principais proponentes.
O ministério chinês não fez comentários sobre a mudança na cadeira. A troca na pasta foi aprovada em uma reunião do Comitê Permanente da China, o Congresso Nacional do Povo, que costuma se reunir no final do mês. A medida foi promulgada após assinatura do presidente Xi Jinping.
O novo chefe da pasta, Wang Yi, já tinha sido ministro das Relações Exteriores entre 2013 e 2022 e servia como o principal diplomata da China no comando do escritório de relações exteriores do Partido Comunista.
Silêncio sobre ausência de Qin
A China se manteve em silêncio por semanas sobre o destino de Qin. A última vez que ele foi visto foi em 25 de junho, quando se reuniu em Pequim com o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Andrey Rudenko, em Pequim.
A ausência gerou uma tempestade de especulações sobre se ele havia sido demitido ou se era alvo de alguma investigação oficial. Ele deixou de participar de vários compromissos diplomáticos, incluindo uma importante reunião da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) na Indonésia, no início de julho.
A princípio, as autoridades chinesas alegaram “razões de saúde” para explicar sua ausência. No entanto, a justificativa não calou os rumores de que ele estaria sendo oficialmente investigado por um suposto caso com uma apresentadora de TV.
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Por: G1
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