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Oposição critica fala de Lula que compara reação de Israel em Gaza a extermínio de judeus por Hitler

today19 de fevereiro de 2024 12

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A comparação foi feita neste domingo (18) durante uma entrevista concedida em Adis Abeba, na Etiópia (leia mais aqui).

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula na ocasião.

A declaração provocou reações de oposicionistas no Congresso. O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, disse que a fala foi um “equívoco do ponto de vista da ética, moral e perspectiva geopolítica”.



Em suas redes sociais, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou que “comparar o Holocausto à reação militar de Israel aos ataques terroristas que sofreu é vergonhoso”.

“O holocausto é incomparável e não pode ser naturalizado nunca. Em nome dos brasileiros, pedimos desculpas ao mundo e a todos os judeus”, escreveu Ciro Nogueira em uma rede social.

O deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP), que foi presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, disse que é “lamentável, injusto e desrespeitoso comparar o Holocausto a dolorosa guerra na Faixa de Gaza, motivada por atos do grupo terrorista Hamas”.

“Os povos israelense e palestino vivem um momento triste, de luta contra o terrorismo, e não devemos criar mais pontos de tensão sobre esse fato, mas nos unir para combater práticas violentas como as exercidas pelo Hamas”, afirmou o parlamentar.

O grupo parlamentar Brasil-Israel declarou, em nota, que considera as falas de Lula “tendenciosas” e “inconsequentes”.

“Declarações inconsequentes como esta, e outras nos últimos dias, mostram o desconhecimento histórico e a falta de equilíbrio para presidir o nosso país, reconhecido historicamente como uma nação negociadora da paz. É preocupante e lamentável que o presidente Lula, no tocante à guerra em Gaza, dia após dia, apequene o Brasil no mundo da diplomacia”, escreveu o grupo.

Lula fez a afirmação após ser questionado sobre a decisão de alguns países de suspender repasses financeiros à agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que dá assistência a refugiados palestinos, a UNRWA.

A suspensão dos aportes ocorreu após funcionários da UNRWA terem sido acusados pelo governo de Israel de envolvimento com atos terroristas do Hamas.

Lula disse que, se houve um “erro” na UNRWA, que os responsáveis sejam investigados.

O presidente disse ainda que a ajuda humanitária não pode ser suspensa. Lula também classificou como “genocídio” e “chacina” a resposta de Israel na Faixa de Gaza aos ataques terroristas promovidos pelo Hamas.

Após a declaração de Lula, o governo israelense declarou o petista “persona non grata” – medida utilizada nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo no país.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que as palavras de Lula são “vergonhosas e graves”. O premiê também declarou que a afirmação banaliza o Holocausto – genocídio promovido na Segunda Guerra Mundial contra cerca de seis milhões de judeus.

Em nota, a Confederação Israelita do Brasil repudiou a fala, e disse que a afirmação é uma “distorção perversa da realidade”.




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Por: G1

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