Um ataque com drones em Bagdá, no Iraque, matou nesta quinta-feira (4) chefes de uma milícia ligada ao governo do Irã.
Segundo a coalizão de grupos armados iraquianos, o ataque matou altos cargos da organização Hashd Al Shaabi, financiada pelo governo iraniano.
Membros dos governos do Irã e do Iraque culparam os Estados Unidos. Washington ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre o caso, mas fontes das Forças Armadas dos EUA confirmaram à agência Reuters a autoria pelo ataque.
Segundo a polícia de Bagdá, um drone disparou pelo menos dois foguetes sobre uma instalação do grupo miliciano, no leste de Bagdá. Outras duas pessoas, ainda não identificadas, também morreram, de acordo com a polícia.
À Reuters, militares dos EUA alegaram que o atentado foi uma resposta a ataques recentes a soldados norte-americanos baseados no Iraque e na Síria.
Os Estados Unidos têm 2.500 soldados destacados no Iraque e 900 na vizinha Síria, em tentativa de impedir o ressurgimento do Estado Islâmico.
Desde 7 de outubro, quando a guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas começou na Faixa de Gaza, as tropas norte-americanas e as da coalizão internacional destacadas nos dois países têm sido alvo de ataques quase diários de drones e foguetes.
A maioria desses ataques foi reivindicada por grupos relacionados com a milícia Hashd Al Shaabi, que se opõem ao apoio dos Estados Unidos a Israel.
O governo iraquiano acusou a coalizão internacional liderada pelos EUA que atuam no Iraque e classificou o episódio como “agressão”, segundo um comunicado.
“As Forças Armadas iraquianas responsabilizam as forças de coligação internacional por este ataque injustificado a uma entidade de segurança iraquiana”, disse o porta-voz militar do primeiro-ministro, referindo-se ao ataque de quinta-feira.
A milícia comandada pelos alvos do ataque, a Hashd Al Shaabi, reúne ex-militares xiitas próximos ao regime do Irã e que agora estão integrados às forças regulares iraquianas.
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Por: G1
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