O ator santista Nuno Leal Maia, de 75 anos, contou sobre a trajetória no teatro, cinema, na televisão, assim como falou sobre a experiência que viveu nos campos de futebol, como jogador do juvenil do Santos FC e treinador de diversas equipes. Entre os grandes nomes da dramaturgia brasileira, hoje diz observar uma escassez de profissionais com a capacidade de seduzir o público.
“O ator é um sedutor. Se ele não for um sedutor, ele não vai vender o teu produto, o espectador não vai se interessar por ele. Então, seja ele quem for, ou ela, se for atriz, se não tiver esse poder, não vai conseguir. Hoje em dia os atores são influenciadores digitais”, apontou.
Durante o bate-papo, ele destacou que a arte sofre com a falta de estrutura em diversos aspectos, não só o financeiro, que cita ser fundamental para as produções e divulgação. “Falta uma escola, um estúdio, uma formação […]. Falta repensar”.
“Ninguém quer pensar [em como criar e se desenvolver]. Todo mundo quer fazer, já faz e já acha maravilhoso. As verbas públicas são endereçadas a pessoas que são amigas ou parceiras dos caras que fornecem a verba. Não existe uma divisão mais justa e mais equilibrada”, disse o ator.
Ator santista participou do podcast Baixada em Pauta do g1 Santos
Nuno, que jogou pelo juvenil do Santos FC, voltou a se aproximar do futebol durante a novela Mandala, de 1988, quando interpretou o bicheiro Tony Carrado. À época, alguns clubes do Rio de Janeiro, como o Bangu, eram comandados por bicheiros, o citado era financiado por Castor de Andrade (1926-1997).
Nuno contou que frequentou esse meio inclusive para entender como se comportavam os bicheiros. Ele contou em podcast que chegou a acompanhar jogos do Bangu e os trabalhos no clube. Em 1993, foi convidado para treinar o São Cristóvão (RJ), clube que revelou Ronaldo Fenômeno — vendido ao Cruzeiro.
No time carioca, viveu um caso curioso. Ele contou que treinava a equipe e lembra de ter notado pessoas na arquibancada em atitude suspeita. No dia seguinte, ao voltar para trabalhar, não encontrou os jogadores. Eles tinham sido captados pelo Vasco da Gama, que havia enviado olheiros ao estádio.
Ao questionar a diretoria foi informado que o clube não tinha contrato com ninguém, que chamava os jogadores para o campeonato e, ao fim, os dispensava. Ele também treinou o Londrina (PR), Botafogo da Paraíba.
Você confere essa história e muitas outras no bate-papo no podcast ou videocast do Baixada em Pauta. O acesso pode ser feito nesta matéria, na home do g1 Santos, nos aplicativos de áudios favoritos ou pelo Facebook. Basta curtir as páginas e nos seguir!
Nuno Leal Maia é o convidado da semana do podcast Baixada em Pauta — Foto: Marcelo Junqueira/g1 Santos
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