G1 Mundo

Brasileiros sobrevivem a terremoto na Síria: ‘tremor só aumentava’; veja vídeo

today6 de fevereiro de 2023 36

Fundo
share close

Os brasileiros Lucas Saad e Gabriela Waked estavam em Alepo, na Síria, durante o terremoto que atingiu o país na madrugada de segunda-feira (6). Os dois são produtores de conteúdo e estão fazendo uma viagem longa — Gabriela está viajando há dez meses, e Lucas está dando uma volta ao mundo. Eles estavam dormindo no quarto de hotel em Alepo quando foram acordados pelo tremor.

Lucas conta que a primeira coisa que chamou a atenção dele foi um quadro na parede do quarto: “O quadro estava mexendo muito, balançando na parede, e eu me levantei rápido, com medo de o quadro bater em mim, e daí comecei a perceber o quanto estava balançando”.

Ele afirma que já tinha vivido outros terremotos, mas que esse foi mais duradouro. Lucas se levantou e caminhou até a porta do quarto — ele conta que precisou se apoiar na parede para chegar à porta. Quando abriu a porta, ele viu outros hóspedes do hotel deixando suas habitações.



Gabriela diz que “o pior foi acordar às 4h e estava tudo tremendo, e não parava, só aumentava, aumentava”.

Os dois brasileiros, então, resolveram descer até o lobby do hotel. Chegando lá, encontraram o guia sírio que haviam contratado para a viagem.

Gabriela diz que o guia deles estava em dúvida sobre a natureza do estrondo e do tremor: ele ainda não estava convencido de que era um terremoto, pois podia ser um ataque de rebeldes ou do governo. Lucas afirma que eles começaram a pensar que poderia ser um ataque.

Os hóspedes do hotel estavam reunidos no lobby do hotel quando houve um novo tremor. Eles resolveram sair do interior do prédio e ir para uma praça.

“A praça é a céu aberto, se os prédios caírem, a gente está em segurança”, afirmou Gabriela.

Na praça, eles usaram os smartphones para pesquisar o que estava acontecendo e se certificaram que era realmente um terremoto.

Corpos cobertos em Alepo, na Síria, após o terremoto que atingiu o país em 6 de fevereiro de 2023 — Foto: Firas Makdesi/Reuters

Depois de um tempo na praça, os dois brasileiros voltaram para o hotel e resolveram dormir. Quando acordaram, saíram para procurar comida, e foi nesse momento que se deram conta da dimensão do que havia acontecido.

“Estava tudo fechado, a gente começou a ver destruição, as pessoas [estavam] abaladas, a gente conversava com locais, e eles falavam ‘tal pessoa morreu’”, diz Gabriela.

Os dois brasileiros voltaram ao hotel. Chegando lá, houve um novo tremor, e então eles decidiram deixar a cidade. “Mais ou menos às 13h20 falamos ‘vamos sair dessa cidade’. Foi aí que a gente resolveu pegar as nossas coisas, rápido, juntamos tudo, colocamos no carro, e saímos de Alepo”.

Como o epicentro do terremoto era no norte da Síria, eles resolveram dirigir para o sul do país. “Começamos a fugir, e vimos que nessa parte do sul, onde chegamos, quase não havia estragos”, ele afirma.

Lucas e Gabriela agora pretendem seguir viagem até Damasco, na Síria.

Escombros de edifício em Alepo, na Síria, após terremoto que atingiu o país em 6 de fevereiro de 2023 — Foto: Firas Makdesi/Reuters




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.

Avalie

Post anterior

‘familias-estao-acendendo-fogueira-para-se-aquecer,-com-medo-de-voltar-para-casa’,-diz-brasileira-sobre-turquia-apos-terremoto

G1 Mundo

‘Famílias estão acendendo fogueira para se aquecer, com medo de voltar para casa’, diz brasileira sobre Turquia após terremoto

A pedagoga brasileira Eliana Monteiro Pereira, que reside há seis anos com a família em Mersin, na Turquia, contou, em relato à GloboNews, que a cidade está passando por uma situação de guerra. "É muito triste, um cenário desolador. É inverno aqui, e está muito frio. Você vê famílias acendendo fogueiras nas ruas para se aquecer, com medo de voltar para casa." Eliana relata que estava dormindo quando, por volta […]

today6 de fevereiro de 2023 85

Publicar comentários (0)

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.


0%