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Candidata de esquerda e empresário lideram votação tensa no Equador

today21 de agosto de 2023 12

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Às 22h45 (horário de Brasília), com 46% das urnas apuradas, Luisa González e Daniel Noboa Azin lideravam a votação para presidente com 33% e 24% dos votos, respectivamente. A chapa de Fernando Villavicencio, candidato assassinado durante um comício eleitoral, aparecia em terceiro lugar, com 16% dos votos.

Saiba mais sobre os candidatos abaixo.

A campanha eleitoral deste ano foi marcada pelo assassinato de Fernando Villavicencio, um dos candidatos à presidência, na quarta-feira (9), e por outros episódios de violência. Christian Zurita, que substituiu a candidatura de Villavicencio, compareceu à seção eleitoral com forte esquema de segurança, usando um capacete e colete de proteção.



Christian Zurita, candidato presidencial equatoriano, sai de seção após votar a eleição presidencial, em Quito, no Equador — Foto: Henry Romero/Reuters

As autoridades mobilizaram mais de 100 mil policiais e soldados para proteger a votação. O general Fausto Salinas, comandante-geral da Polícia Nacional, disse que uma pessoa foi presa por voto falso, duas por assédio e resistência à prisão e mais de 20 por porte ilegal de armas.

Ainda assim, a principal autoridade eleitoral do país, Diana Atamaint, informou que nenhum incidente violento afetou os centros de votação e caracterizou a eleição como “pacífica e segura” após o fechamento das urnas.

Segundo as autoridades, uma página da internet criada para equatorianos que vivem no exterior votarem sofreu ataques cibernéticos, mas a integridade dos votos não foi afetada pelo problema.

“A plataforma online sofreu ataques cibernéticos que afetaram a fluidez do acesso à votação. Esclarecemos e ressaltamos que os votos registrados não foram violados”, afirmou Atamaint.

A candidata presidencial equatoriana Luisa Gonzalez mostra cédulas em uma seção eleitoral, em Canuto, Equador, 20 de agosto de 2023. — Foto: Secretaria de comunicação RC5/via Reuters

Luisa Gonzalez, uma advogada de 45 anos, prometeu restaurar os programas sociais implementados por Rafael Correa. Ela faz campanha relembrando as políticas populares de saúde e educação de Correa e afirma que planeja “recuperar a pátria”.

Gonzalez liderava as pesquisas com cerca de 30% de intenção de voto, embora nenhuma pesquisa tenha sido feita após o assassinato de Villavicencio. Ela nega que perdoaria Correa, condenado por corrupção.

Ex-deputado e empresário, tem 36 anos. Na Assembleia, foi presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, que tramitou diversos projetos de lei nas áreas econômica, tributária e de investimentos.

Daniel Noboa, candidato à presidência do Equador, em agosto de 2023. — Foto: Reprodução/Instagram @danielnoboaok

Perez, um ambientalista indígena, ficou em terceiro lugar na eleição de 2021. Ele tem como proposta o combate às mudanças climáticas e tornar a agricultura, não o petróleo, a base econômica do Equador.

Ele é contrário à exploração de petróleo na Amazônia e à mineração em florestas próximas. Com 54 anos, promete melhorar programas sociais e segurança.

Empresário e economista de 40 anos, Sonnenholzner busca trazer “paz, dinheiro e progresso”. Sua passagem como vice-presidente do ex-presidente Lenin Moreno pode afetar sua imagem de um político que busca renovação.

Ele afirma que suas prioridades são segurança, empregos por investimento privado e crescimento sustentável.

Topic, um empresário de 40 anos, é outro que promete focar seus esforços como presidente na segurança, inspirado em Bukele de El Salvador.

Ele defende usar tecnologia para combater o crime. Ele não tem experiência política e tenta se distanciar de acusações de abusos aos direitos humanos de Bukele.

O candidato original dessa chapa era Fernando Villavicencio, que foi assassinado. Zurita, que era jornalista, afirma que vai lutar contra a corrupção e fortalecer a polícia.

Assim como Villavicencio, ele e Rafael Correa são adversários.

Hervas é um empresário ligado ao setor agroindustrial. A campanha dele usa a sigla “SOS”, para “Segurança”, “Obras” e “Saúde”.

O candidato é presidente do Conselho Nacional de Governos Paroquiais do Equador, ligado ao meio rural.




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Por: G1

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