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A Turquia é um país propenso a terremotos devastadores. Entre 1939 e 1999, a nação passou por cinco grandes tremores.
Antes e depois: terremoto na Turquia destruiu prédios e monumentos
Desde 1900, mais de 90.000 pessoas perderam a vida em até 76 terremotos. Metade dessas mortes ocorreram em 1939 e 1999.
Outros grandes terremotos devastadores nas últimas duas décadas ocorreram na Indonésia, em 2004 – o tremor causou um tsunami que matou mais de 225 mil pessoas – no Haiti, em 2010 – causando mais de 220 mil mortes – na China, em 2008 – quando morreram mais de 62 mil pessoas – e no Japão, com o tremor que provocou um tsunami em 2011 e deixou mais e 15 mil mortos.
Os cientistas dizem que, mesmo que seja possível saber onde os terremotos provavelmente acontecerão, ainda estamos muito atrasados em estimar quando eles ocorrerão. Então eles podem ser previstos?
“Infelizmente não”, diz o sismólogo Stephen Hicks, da Imperial College London.
“Mas podemos estimar probabilidades. Em [lugares] como a Califórnia, nos Estados Unidos, e no Japão, as previsões de terremotos estão se tornando mais funcionais.”
Prédio que desabou em Kahramanmaras, Turquia — Foto: Reuters/Via BBC
Então, o que fazer e o que não fazer para se manter seguro em caso de terremoto?
O Brasil fica bem no centro da placa tectônica sul-americana, então não costuma sentir grandes abalos.
Normalmente, eles não passam de 5 de magnitude, medidos pela Escala de Magnitude de Movimento, que substituiu a escala Richter, considerada mais imprecisa.
Muitos brasileiros, porém, têm curiosidade de saber como se proteger caso enfrentem um tremor forte.
Embora não seja fácil prever quando um terremoto acontecerá, de acordo com os especialistas, é preciso estar sempre preparado.
“Se você mora em uma região [com muitos terremotos], é bom ter um kit de emergência em sua casa”, diz Hicks.
Segundo o sismólogo, ele deve conter água, uma lanterna, um kit de primeiros socorros e um pouco de comida.
Segundo a Cruz Vermelha, o kit também deve conter dinheiro extra e cópias de documentos pessoais importantes, como lista de medicamentos.
Fique onde está, se o prédio em que você está é seguroDe acordo com o United States Geological Survey, agência geológica do governo americano, é menos provável que você se machuque se ficar onde está.
Um socorrista carrega uma criança síria para longe dos escombros de um prédio após um terremoto em Azaz, na Síria — Foto: Reuters/Via BBC
Portanto, não tente correr para fora ou para outras salas durante um terremoto, aconselha a agência.
“Abaixar, cobrir e segurar” é o lema para se manter seguro, dizem os especialistas.
Abaixar com mãos e joelhos no chão pode te proteger de objetos que venham a cair e ainda permite que você se mova, se necessário.
Quando escondido debaixo de uma mesa ou escrivaninha, se não houver outro abrigo por perto, o conselho é segurar até que o tremor pare.
Uma das reações iniciais de muitas pessoas em momentos como esses é ficar perto de uma porta.
Mas segundo especialistas é mais seguro se abrigar sob uma mesa.
Janelas e fachadas costumam ser as primeiras partes do edifício a desmoronar. Portanto, o conselho é ficar longe dessas zonas de perigo.
Assim que o tremor parar, geralmente é mais seguro sair ao ar livre, para o caso de o prédio desmoronar.
Socorristas buscam por sobreviventes em Malatya, Turquia — Foto: Getty Images/Via BBC
Todas essas dicas se aplicam para quem está em um lugar fechado no momento do tremor. Mas e se um terremoto ocorrer quando você estiver do lado de fora?
“Fique onde está”, dizem os especialistas. Afastar-se de fios, crateras e áreas onde existam canos de transporte de gás ou combustível pode ajudar a minimizar o risco de ferimentos.
Além disso, é melhor ir para uma área aberta, longe de árvores, postes e prédios.
De acordo com a Earthquake Country Alliance, a maioria das lesões e mortes são causadas por objetos que caem ou voam, como televisores, lâmpadas, vidros e estantes.
Uma maneira de evitar lesões é prender os móveis pesados nas paredes com tiras flexíveis.
Outro perigo potencial é o vazamento de gás de canos quebrados após um terremoto.
Stephen Hicks dá o exemplo do terremoto de São Francisco em 1906, onde mais de 3.000 pessoas morreram.
“A maioria das fatalidades aconteceu por causa da explosão de gasodutos, em vez de tremores [ou] prédios desabando”, diz ele, aconselhando a ficar longe de qualquer coisa inflamável.
Faça simulações Hicks também enfatiza a importância dos exercícios de simulação de terremotos.
“Em alguns países, organizam-se exercícios de terremoto onde todos têm que praticar o que fazer”, diz Hicks.
“Mas isso provavelmente não aconteceu naquela região da Turquia, já que não havia um terremoto por ali há muito tempo.”
Por: G1
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