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Como ‘supercartel’ que traficava toneladas de cocaína na Europa foi desmantelado

today29 de novembro de 2022 13

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Uma investigação de dois anos resultou na prisão de um total de 49 pessoas e na apreensão de mais de 30 toneladas de drogas em quatros países europeus e em um no Oriente Médio, segundo um comunicado da Europol.

Autoridades de Espanha, França, Bélgica, Países Baixos e Emirados Árabes Unidos trabalharam juntas para derrubar o cartel. A operação também teve cooperação da agência de combate às drogas dos EUA, a DEA.

A fase mais recente da investigação foi chamada de Operação Desert Light e resultou na prisão de seis “alvos principais” — os mais procurados pela polícia internacional — em Dubai, nos Emirados Árabes.



Entre eles estava um cidadão britânico que é suspeito de comandar a operação e, segundo a polícia espanhola, vivia na Costa Del Sol antes de fugir para Dubai.

Outras prisões já haviam sido feitas. A maioria foi nos Países Baixos, em 2021, e as outras foram no início deste mês, entre 8 e 19 de novembro, durante incursões coordenadas na Espanha, na França e na Bélgica.

A Europol disse que os traficantes formavam uma “grande rede criminosa envolvida no tráfico de drogas em larga escala e na lavagem de dinheiro”. E acrescentou que a escala da operação antidrogas foi “enorme”.

A investigação teve uma série de esforços da polícia para hackear telefones criptografados usados ​​por redes de crime organizado para traficar drogas e lavar dinheiro.

A cocaína era importada da América do Sul através dos Países Baixos e foi o principal foco dos investigadores.

Um vídeo postado na página da agência no YouTube mostrou equipes de investigadores e cães farejadores vasculhando casas cheias de carros de luxo. No entanto, não está claro se algum bem foi apreendido durante as prisões.

Um total de 30 toneladas de drogas foi apreendido — Foto: Divulgação via BBC

O britânico suspeito de chefiar o cartel havia fugido para Dubai depois de escapar de uma primeira tentativa de prendê-lo na Espanha. Ele supostamente continuou a liderar o cartel dos Emirados Árabes Unidos.

A Europol disse que um novo acordo com os Emirados Árabes permitiu que os detetives tivessem acesso a dados de inteligência do país e prendessem criminosos que antes estavam fora do alcance.

Uma fonte anônima da Europol disse à agência de notícias AFP que a polícia também prendeu outro suspeito holandês que é um “figurão” do tráfico com supostas ligações com Ridouan Taghi, “chefão” do crime nos Países Baixos.

Promotores holandeses disseram que pediriam a extradição dos suspeitos dos Emirados Árabes, onde agora enfrentam acusações de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em larga escala.

Analistas dizem que os dados da última década indicam que o tráfico de cocaína na Europa vem aumentando anualmente.

Os crimes relacionados ao uso ou posse de cocaína também estão aumentando, com cerca de 3,5 milhões de adultos consumindo a droga no ano passado.

No início deste mês, a polícia da Espanha realizou uma série de buscas que resultaram na descoberta da maior carga de maconha já encontrada. A maconha embalada encontrada equivale a aproximadamente 1,1 milhão de plantas.

‘Sem impacto significativo’

Apesar do tamanho do cartel, Niamh Eastwood, especialista em políticas sobre drogas, afirma que a operação não terá um impacto significativo no mercado de cocaína na Europa. Ela diz que se trata de um “mercado resiliente”.

Eastwood é diretora-executiva da instituição de caridade Release, que apoia a descriminalização e regulamentação de drogas como solução para o problema do tráfico.

Ela relembrou a operação de policiamento internacional de 2020 que derrubou a EncroChat, uma rede de smartphones modificados usados ​​por grupos do crime organizado. A operação levou à apreensão de 20 toneladas de drogas no Reino Unido.

“Na época, isso foi descrito como ‘a mais ampla e profunda operação do Reino Unido contra o crime organizado'”, disse Eastwood à BBC. “No entanto, a cocaína e outras drogas continuaram facilmente disponíveis em todo o país.”

*com informações de Mattea Bubalo, da BBC News




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

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