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Praias de quatro cidades da Baixada Santista estão impróprias para banho de mar; confira

today21 de julho de 2024 4

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De acordo com a Cetesb, a praia é considerada imprópria quando as amostras coletadas apresentam mais de 100 unidades formadoras de colônias (UFC) de enterococos [bactérias fecais] por 100 ml.

Conforme o último boletim publicado, todas as praias desses quatro municípios estão avaliadas como ‘impróprias para banho’. Confiras os trechos analisados:

  • Praia Grande: estão impróprias as praias do Canto do Forte, Boqueirão, Guilhermina, Aviação, Vila Tupi, Ocian, Vila Mirim, Maracanã, Vila Caiçara, Real, Balneário Flórida e Jardim Solemar.
  • Mongaguá: estão impróprias as praias da Vila São Paulo, Central, Vera Cruz, Santa Eugênia, Itaóca, Agenor de Campos e Flórida Mirim.
  • Santos: estão impróprias as praias da Ponta da Praia, Aparecida, Embaré, Boqueirão, Gonzaga e os dois trechos monitorados da praia do José Menino (próximos à rua Olavo Bilac e à avenida Frederico Ozanan).
  • São Vicente: estão impróprias as praias da Divisa, Itararé (Posto 2), praia da Ilha Porchat, praia dos Milionários, Gonzaguinha e Prainha.



Existem dois fatores principais que influenciam na balneabilidade das praias, de acordo com a Cetesb, como o número de pessoas e as chuvas.

A companhia destaca que as chuvas contribuem negativamente para a balneabilidade, uma vez que maior volume da água dos rios chega ao mar. Além disso, nesses episódios há grande quantidade de esgotos, lixo e outros detritos que são levados ao mar, ocasionando a queda na qualidade da água.

Trecho de praia no bairro Aparecida, onde as análises foram melhores — Foto: Vanessa Rodrigues/A Tribuna Jornal

A Cetesb aponta que a água, quando imprópria, pode aumentar o risco de contaminação e doenças como: Hepatite A, cólera, febre tifoide, entre outras, sendo a mais comum a gastroenterite, que pode causar enjoo, vômitos, dores de estômago, diarreia, dor de cabeça, febre, infecções dos olhos, ouvidos, nariz e garganta.

“O fato da praia estar imprópria não significa que todas as pessoas que se banharem no local irão contrair alguma dessas doenças. Isso depende das condições imunológicas de cada um e do tipo de exposição de cada um – se fica muito tempo na água, se mergulha a cabeça, se engole água”, explica a companhia.

Ao g1, a Prefeitura de Santos informou que o principal fator que determina os níveis de balneabilidade é a rede coletora de esgoto, de responsabilidade da Sabesp, com a qual a administração desenvolve várias ações conjuntas, visando apoiar a concessionária do serviço.

A administração municipal destacou que a cidade possui 99% de ligação de esgoto e todo o sistema é interligado ao emissário submarino, que despeja o material, após tratamento, a 4,5 km do litoral.

A Secretaria de Meio Ambiente (Semam), no entanto, entende que há uma relação direta entre a balneabilidade e o volume de tratamento de efluentes lançados por todos os emissários submarinos existentes nos demais municípios da Baixada Santista.

Ainda pontuou que, em Santos, há questões geográficas a serem consideradas, notadamente o fato de praias estarem inseridas em uma baía, com conexão direta com o canal do porto e municípios vizinhos, dos quais sofrem influência direta, principalmente no que se refere às ligações irregulares e/ou clandestinas nestas cidades.

Em nota, a Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) informou que analisa dados apresentados e, a partir disso, elabora estratégias eficazes para combater os problemas de poluição no mar.

A Semam destacou que a região é estuarina, toda interligada por braços de rio e canais, apresentando considerável concentração de habitações subnormais, indústrias e atividades portuárias, o que dificulta a identificação das fontes de poluição.

Além disso, disse que a Sabesp implementa programas destinados a ampliar as conexões de esgoto no município, enquanto as obras nos canais de drenagem desempenham papel crucial na identificação de fontes poluidoras e contribuem para a redução de poluentes descartados de maneira irregular.

O g1 entrou em contato com as Prefeituras de Praia Grande e Mongaguá, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Santos.

Por: G1

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