Rudolph Giuliani, ex-advogado de Donald Trump, se entregou à Justiça do estado da Geórgia nesta quarta-feira (23) para ser acusado formalmente de tentar reverter as eleições presidenciais dos EUA de 2020, que Trump perdeu para Joe Biden.
Giuliani já foi promotor de justiça e prefeito da cidade de Nova York.
Ele deverá pagar US$ 150 mil (cerca de R$ 730 mil) de fiança para poder ficar em liberdade durante o processo.
Além disso, ele não poderá intimidar os outros réus no caso (são 18) e nem as testemunhas.
Giuliani afirmou aos jornalistas que a acusação criminal é uma farsa e um ataque à Constituição dos EUA.
Trump deverá se entregar na quinta-feira. Ele será acusado formalmente pela quarta vez neste ano. O ex-presidente afirma que o processo tem motivação política.
O papel de Giuliani no fim das eleições
Após a derrota para Joe Biden, Trump tentou reverter o resultado em estados onde ele havia perdido.
Nos EUA, as eleições são indiretas: os eleitores, na verdade, votam em delegados que vão representar cada estado em um colégio eleitoral –são esses delegados que escolhem o presidente. Cada estado tem um número específico de delegados e regras próprias para definir quem serão os delegados.
Na Geórgia, a regra é que todos os delegados do estado serão do candidato à presidência que tiver mais votos –mesmo se for por uma pequena maioria. Foi isso o que acontecem em 2020: Biden ganhou por pouco de Trump no estado.
Por isso, esse foi um dos estados onde Trump e seus aliados se concentraram para tentar reverter os resultados.
Giuliani é acusado de ter dito declarações mentirosas sobre fraude.
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Por: G1
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