G1 Mundo

Sob protestos, confrontos e greve, França aguarda decisão crucial sobre a reforma da Previdência

today14 de abril de 2023 10

Fundo
share close

Às 18h00 do horário local (13h de Brasília), a instituição responsável por fiscalizar a aplicação da Constituição na França também deve anunciar se aprova um pedido de referendo da oposição para limitar a idade de aposentadoria aos atuais 62 anos, que Macron deseja elevar para 64 a partir de 2030.

A líder do sindicato CGT, Sophie Binnet, fez um apelo para que o Conselho “censure total ou parcialmente” uma lei que considera que sairá “prejudicada” desta revisão. Também pediu ao presidente francês para “aprender a lição” e retirar a lei.

Símbolo da tensão que impera no país, dezenas de integrantes das forças de segurança estabeleceram barreiras diante da sede do Conselho Constitucional, que fica perto do Museu do Louvre e onde as manifestações foram proibidas. Os nove integrantes da instituição também receberam proteção.



Policial soca manifestante em Paris

Policial soca manifestante em Paris

A decisão do Conselho não é fácil. Validar o aumento da idade de aposentadoria e a exigência de contribuição por 43 anos, e não 42 como atualmente, a partir de 2027 para o direito a uma pensão integral poderia, de acordo com os críticos da reforma, alimentar a “crise democrática” que a França vive.

Em Hanches, a 60 quilômetros de Paris, os manifestantes interromperam uma visita da primeira-ministra Élisabeth Borne a um supermercado aos gritos de “não queremos aposentadoria aos 64 anos”.

“O país não vai virar a página de uma reforma injusta, se for validada”, alertou a deputada de esquerda Mathilde Panot. “Isto não encerra o debate, como afirma o governo”, disse o deputado de extrema direita Sébastien Chenu.

Apesar da rejeição dos sindicatos e da maioria dos franceses, segundo as pesquisas, Macron decidiu em 16 de março adotar a reforma por decreto, diante do temor de uma derrota no Parlamento, onde o governo não tem maioria absoluta.

Mas anular uma lei que, segundo o governo, busca evitar um futuro déficit no sistema previdenciário, seria um revés para o presidente liberal, que arrisca nesta disputa a possibilidade de aplicar seu programa reformista no segundo mandato, que vai até 2027.

Os analisas consideram que a opção mais provável é que o Conselho Constitucional anule dispositivos secundários da reforma, sem alterar as principais medidas da lei, o que permitiria o governo sair vitorioso do teste crucial.

A censura parcial seguiria a linha habitual do Conselho: “Não bloquear as grandes reformas sociais ou da sociedade”, explicou à AFP Lauréline Fontaine, professora de Direito Constitucional.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.

Avalie

Post anterior

veja-lista-de-acordos-comerciais-que-devem-ser-assinados-por-lula-e-xi-jinping

G1 Mundo

Veja lista de acordos comerciais que devem ser assinados por Lula e Xi Jinping

Os termos tratam principalmente de cooperação para desenvolvimento de tecnologias, intercâmbio de conteúdos de comunicação entre os dois países, e ampliação das relações comerciais. Um dos acordos prevê o lançamento do sétimo satélite na parceria entre Brasil e China: o CBERS-6. Outro destaca um protocolo que deve ser seguido pelos frigoríficos brasileiros para exportação de carne para a China. O Brasil é o maior fornecedor de carne bovina ao país. […]

today14 de abril de 2023 9

Publicar comentários (0)

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.


0%